Bittar ensaia o que será redigido no relatório final da CPI das ONGs e avalia: “Cumprimos o papel”

Por Wanglézio Braga

A CPI das ONGs do Senado Federal realiza oitivas no Acre nesta quinta-feira (19) e sexta-feira (20). A primeira audiência ocorreu em Epitaciolândia, no interior do estado, e contou com a presença de pelo menos três membros do colegiado, incluindo o presidente, senador Plínio Valério (PSDB-AM). O senador Márcio Bittar (UB), relator da CPI, em entrevista exclusiva ao AcreNews confessou que já encaminhou boa parte do documento que será apreciado pelos seus pares.

“A ideia tá na cabeça. Eu ouso acreditar que é possível fazer um relatório convergindo com coisas importantes até com o governo federal. Por exemplo, o governo federal foi-lhes retirado o poder de fazer o seu trabalho. O governo central hoje não tem mais o poder pelos recursos naturais. Nós vamos recuperar essa parte e tentar devolver esse direito”, disse.

Bittar também comentou que o texto a ser apresentado na Comissão almeja ‘colocar’ o lugar de cada entidade, sem ferir as competências dos outros poderes.

“O Ministério Público não foi eleito, a função dele não é fazer política pública. Hoje, na prática, o MP juntamente com as ONGs proíbe a licitação do poder executivo como ocorreu com a estrada até o Peru, no Vale do Juruá. As pessoas são condenadas a viver isoladas porque ONGs e apoio do MP não querem! Então, o relatório vai devolver o poder do governo federal nesta seara”, comentou.

Por fim, Márcio Bittar disse que a CPI das ONGs cumpriu o seu papel ao mostrar a realidade vivida por muitas famílias na Amazônia e com a conclusão dela, o nosso país vai ter outro olhar sobre as questões da soberania.