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VEDRANA PERES

“Amar é ser vulnerável” escreve Vedrana Peres na sua coluna desta terça-feira, 31

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O medo é o grande rival do amor, igual em intensidade e fatal na capacidade de destruir. O medo é um terrível conselheiro, ele irá paralisar e manter cativo o que o amor deseja colocar em movimento. Acredito que o amor e o risco estão intimamente conectados, recusar-se a ser vulnerável significa que não sabemos como perdoar ou ser perdoados.

“O amor é a beleza da alma.”
Santo Agostinho

As imperfeições do outro, muitas vezes estão expondo as minhas, em uma escala muito maior do que imaginamos ser possível. Amar é estar vulnerável, vulnerabilidade em uma de suas definições é “exposto” . Amar sem medo não se baseia no desempenho de uma pessoa, mas na amável fidelidade de Deus. Quando as pessoas nos desapontam rapidamente, começamos a medir nosso amor por elas na proporção das suas infrações a fim de minimizar qualquer risco futuro. Nós nos reprimimos, por um medo generalizado. De algum modo, julgar o outro lhe faz sentir-se em segurança. A frase clichê de todas “Se ele ou ela não mudar, não posso perdoar” , na tentativa de proteger a si mesmos começamos a exigir grandes proporções, tornando-se mesquinho (a) para perdoar mesmo tendo sido perdoados. O fruto e as motivações do medo estão em oposição aos caminhos do amor. Existem viciados em emoção que amam a adrenalina do perigo. Eles são corajosos, mas apenas aqueles que amam são destemidos. O amor é destemido. Nós somos de Deus. Deus é amor, podemos amar sem medo. Somos posicionados para amar sem medo quando recebemos o destemido amor de Deus por nós. Parecer corajoso não é o suficiente, porque a coisa mais corajosa que alguém pode fazer é se colocar no caminho do prejuízo em favor do outro. Isso significa que haverá vezes que iremos entregar a vida em vez de nos levantarmos na batalha. Mesmo que todos nós em algum momento cometamos erros, isso não significa que seja um erro fatal a ponto de achar que você é um erro.
O amor escolhe. O medo reage.
O amor é liberdade. O medo é cativeiro.
O perfeito amor expulsa o medo.

Lembre-se: “Você pode declarar liberdade sobre você todos os dias da sua vida e ainda pode escolher permanecer preso, ou pode escolher caminhar em liberdade enquanto as pessoas tolamente imaginam que a detém. Eu aprendi que quando as pessoas sentem que você deve alguma coisa a elas, essa é uma forma de dívida. Existem aqueles que parecem livres, mas na verdade estão presos em suas próprias escolhas.”
Quando me permiti aprender com os meus próprios erros, pude ver que as expectativas podem rapidamente se traduzir em exigências. Palavras de ódio provocam decadência e retardaram muitas vezes meu crescimento. Somente o amor trás crescimento em todas as áreas da vida, ao tropeçar, cometer falhas e cair. Tudo que pude ver tão facilmente eram as falhas do outro, esperando o pior em vez de acreditar no melhor. Aqui está o erro, ambos acabam descobrindo um no outro o que estavam procurando, não posso esperar que outra pessoa seja para mim, apenas o que Jesus pode ser. Cometer esse erro de considerar o outro meus salvadores, de fato irão me decepcionar porque eu os coloquei em uma posição que está além das possibilidades deles. A falha não está nos fracassos dessas pessoas, mas nas minhas expectativas falhas. Exigir determinado comportamento e retardar nossa aprovação até que esse comportamento seja demonstrado só nos deixará isolados e ressentidos. As pessoas se afastam porque não querem ser vulneráveis de novo depois de ter sido feridas. As decepções não significam o fim, significa simplesmente que é hora de marcar um encontro com o Espírito Santo e pedir conselhos. O amor exige envolvimento, e o verdadeiro envolvimento exige dúvidas e vulnerabilidade, os erros não tem o direito de determinar nosso destino. Deus não limita você ao seu passado, permita-se retirar tais conflitos internos, covardia e medo. O medo custa caro. Ele roubará suas forças, seus sonhos, seus relacionamentos, sua fé e sua esperança. O medo deseja tirar de você tudo o que o amor lhe daria livremente. Ele irá invadir seu sono distorcendo seus sonhos, vem para lhe paralisar, roubar de você muitas oportunidades de crescimento é sua perspectiva de futuro. O amor, por outro lado, é superiormente generoso. Ele busca remover o medo, restaurar seus relacionamentos, seus sonhos e sua esperança. É um erro imaginar que as novas promessas de amor irão se prender aos tecidos velhos do medo. Deus deseja unir o novo com o renovado. Você pode responder a Jesus ou pode se ressentir do seu passado. Só você detém esse poder. O amor nunca falha e nada confiado ao amor é perdido.

Amar é estar vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de manter seu coração intacto, você não deve entregá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva-o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife —— seguro, sem movimento, sem ar —— ele vai mudar. Ele não vai se partir, mas se tornará indestrutível, impenetrável, irredimível. Amar é ser vulnerável.
C.S. Lewis. Livro Os Quatros Amores

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