COLUNA DO EVANDRO | O povo do agro no Acre também está sobressaltado com a eleição de Lula – com razão

Lage, Raiolando, Zamora e Jorge Moura, os mais badalados do agro no Acre estão com medo do que vem por ai

Desde que foi declarado presidente eleito do Brasil, Lula só tem produzido notícia ruim, desesperança, bem ao contrário do Lula da campanha. Quanto mais ele fala, mais medo. O mercado está em polvorosa com aquilo que pode estar vindo por aí. O povo do PIB aqui no Acre, sobretudo o pessoal do agro, está no time do medo. Conversei com alguns deles e as expectativas são pessimistas, até sombrias. O sobressalto é, também, pelo fato de governos de esquerda terem características de fazer o Estado maior que a iniciativa privada. Geralmente eles não respeitam os estados, fazendo com que um desastre nacional possa atingir o Acre de forma letal. Não há medo de uma volta do PT aqui, mas desse tsunami nacional. A florestania ‘morreu’, não periga renascer, diz o empresário Fernando Lage. O pecuarista Fernando Zamora é mais pontual. Tem insegurança jurídica no campo, com “invasões de terra, rigor na área ambiental, impostos altos, novas leis trabalhistas”. Tudo isso, aliado a uma provável péssima política fiscal do novo governo Lula, assusta a economia do país, imagine do Acre, segundo Zamora. “Essa política fiscal da esquerda encarece os alimentos, trazendo inflação, como está acontecendo na Argentina e Chile e isso é muito preocupante”, diz o fazendeiro. É o preço a ser pago pelo povo de um país onde o sistema se apossa de um presidiário, o tira do xadrez e faz dele o presidente. São poucos os que não estão com medo.

Eminências pardas

Todo político de sucesso que se preza tem um para-brisas, uma eminência parda, aquele assessor operacional, que evita que problemas cheguem na mesa do chefe. No caso do deputado Nicolau Júnior (PP), presidente da Assembleia Legislativa e recordista de votação em disputa para estadual no Acre, com 16.636 votos, estes são logo dois: Cleilson Thaumaturgo e Thiago Melo. O sucesso do parlamentar, óbvio, é um conjunto, mas a importância deles, operacionais que são, não pode ser negada. As coisas já chegam mastigadas na mesa do presidente. A fama deles tem feito, inclusive, circular nos bastidores, boatos segundo os quais Nicolau pode até perde-los para o Governo Gladson, que priorizará técnicos neste segundo mandato. Discretos, ambos se negam comentar qualquer assunto nesse e em outros sentidos. Coisas de eminências pardas.

Cotados pra ficar

Não há quem consiga arrancar uma fala do governador reeleito Gladson Cameli (PP) sobre sua futura equipe. O que se sabe é de bastidores. Dá para deduzir quem tem chance de ficar, caso de Petrônio Antunes no Deracre, João Paulo na Fundação Hospitalar, Paulo César na Segurança, além de Amarizio da Fazenda, Jonathan Donadoni da Casa Civil e coronel Ricardo da Seplag, que podem até mudar de pasta, mas ficam. É dada também como certa a volta de Rômulo Grandidier. Não se sabe a pasta.

Quem vem forte

Quem deve ressurgiu mais prestigiado no segundo mandato de Cameli é Pádua Bruzugu, que é diretor no Imac, Taiane Silva, uma espécie de curinga no primeiro governo, e Luiz Calixto, ex-deputado estadual que foi espécie de conselheiro durante a campanha.

Prefeitos influentes

Quem terá também muita influência com o governador Gladson Cameli neste segundo mandato são os três prefeitos do PT que lhe apoiaram. Fernanda Hassem, de Brasileia, Jerry Correia, de Assis Brasil, e Isaac Lima, de Mâncio Lima, devem ter mais bônus além dos convênios rigorosamente cumprido com eles nos últimos anos. Outro prefeito provavelmente muito prestigiado será o de Plácido de Castro, Camilo da Silva, que é do PSD do senador Sérgio Petecão.