Em artigo, colunista do Acrenews pede socorro para principal manancial da capital acreana

SALVEM O RIO

O Estado mais ocidental do Brasil e que leva o nome do maior manancial que banha essa região, atualmente esta assistindo, quase que diariamente, esse símbolo maior aparecer nas manchetes dos meios de comunicação e não para evidenciar o protagonismo já exercido outrora, nem tão pouco, destacar o importância que ainda possa ter como meio de comunicação para uma grande população de pequenos agricultures, denominados de ribeirinhos, que dependem desse rio para transportar suas produções que são comercializadas na capital Rio Branco. Esse rio que literalmente comandava a vida, conforme o historiador Leandro Tocantins intitulou sua obra, no entanto, vale ressaltar que o historiador se referiu ao Rio Amazonas, todavia, o nosso Rio Acre exerceu a mesma função, pois, a região acreana foi ocupada e explorada dependendo totalmente dessa via fluvial para transportar pessoas, abastecer toda a população da época e ainda escoar a produção oriundo do extrativismo vegetal que movimentava a economia. Há muito tempo algumas pessoas, me incluo entre elas, vêm chamando à atenção para a crescente decadência que os rios da Amazônia, em especial, o Rio Acre, vem sofrendo em decorrência de ocupações indevidas, desmatamento das margens, mal hábito da população de largar lixos e objetos em desusos na calha do rio e também o encaminhamento de esgotos in natura para o leito do Rio. A verdade é que, nenhuma prevenção foi tomada e nem tão pouco, providências foram executadas, e o que podemos constatar é um quadro de quase completa falência do rio, onde o assoreamento aterrou a calha e suas águas, ano após ano, estão desaparecendo. Até que gostaríamos de ser otimistas, mesmo porque, não torcemos para que o Acre venha a enfrentar a médio prazo, condições de graves calamidades por conta da completa aniquilação do Rio, mesmo porque, se providências arrojadas não forem planejadas e executadas para socorrer esse manancial, poderemos em um futuro não muito distante, constatar que somente uma fenda no solo, que nasce no Peru e desemboca no Rio Purus-AM., apenas nos períodos das chuvas frequentes, irá servir para carrear as águas sujas e que certamente, escorrerão pela calha rasa e vão descer inundando toda a região. Salvem o Rio!!