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ELEIÇÕES

“Espero que a decisão do Jorge Viana não passe desse domingo”, diz Chagas Batista, prócere da esquerda no Acre, no Papo de Domingo

Publicado

em

Evandro Cordeiro

Nascido no seringal Tamandaré, alto Rio Tarauacá, de família humilde, Francisco Chagas Batista Lopes, o Chagas Batista tornou-se uma referência da política na terra do Abacaxi. Na década de 70 e 80, sob a influência do conterrâneo Nabor Júnior, fez parta da resistência ao regime militar que imperava no Brasil.

Foi nesse ambiente de rebeldia ao regime militar ditatorial que iniciou os primeiros movimentos no grupo de jovens da igreja católica. Em seguida foi convidado pelo ex-padre e ex-deputado, Manoel Pacífico, junto com outros companheiros jovens para ingressar no PC do B. Era aquele garoto que queria mudar o mundo. A partir de então se entregou de forma completa a luta do povo de Tarauacá, do Acre e do Brasil, pelos seus direitos historicamente negados. Aí, já vão quase 40 anos. Foi presidente da Umes-União municipal dos estudantes de Tarauacá, presidente da Umam-União das associações de moradores, Diretor da FAMAC-Federação das associações de moradores Acre, assessor do sindicato dos trabalhadores rurais, diretor do CNS-Conselho nacional dos seringueiros, vereador por três mandatos consecutivos, vice-prefeito e candidato a prefeito.

Formado em gestão pública e pré-candidato a deputado estadual, com a experiência de três mandatos consecutivos de vereador e um de vice-prefeito, Chagas Batista é o personagem de hoje do Papo de Domingo.

AcreNews – O senhor sempre foi considerado a cabeça pensante da esquerda em Tarauacá. Militou por décadas no PC do B, porque saiu do partido?

Chagas Batista – Na verdade não considero que sai do partido, muito menos reneguei minhas ideias de socialista convicto. Ocorre que as restrições das regras eleitorais, expressada na chamada cláusula de barreiras e a formação da federação no Brasil, (PT, PCdoB e PV), levou o PC do B em Tarauacá (que disputa eleições majoritárias e elege bancada de vereadores e deputados estaduais há 20 anos) abrir uma discussão sobre os caminhos do nosso projeto eleitoral para 2022. Nesse debate, foi decidido que o melhor caminho para continuar a nossa luta em Tarauacá e no Acre, seria migrar para o PSB, essa foi uma decisão da direção do PC do B de Tarauacá.

AcreNews – Porque decidiu concorrer para uma vaga na Aleac?

Chagas Batista – Decidi com base numa discussão coletiva junto com meus companheiros de Tarauacá, o foco é melhorar a qualidade da nossa representação política na Alec, que consideramos muito ruim atualmente. Hoje a maioria da bancada que compõe o parlamento no nosso estado, são de pessoas que estão lá para fazer negócios, são interesses patrimoniais e familiares. Hoje na Aleac, pouco se houve falar de direitos a moradias, água potável, sobre os dilemas da nossa juventude, ávida por oportunidade de trabalho, agricultura familiar, meio ambiente, população indígena, população ribeirinha, melhoria dos serviços públicos e inclusão social.  Então esse é o sentido da nossa pré-candidatura, trazer para dentro do parlamento, todo esse debate.

AcreNews – O senhor é tio do deputado Jenilson Leite, uma das gratas surpresas da política atual, existe alguma semelhante entre tio e sobrinho dentro da política?

Chagas Batista – O deputado Jenilson, é da mesma escola política nossa de Tarauacá, mas tem suas próprias ideias, é um político que nos orgulha muito. Espero que o povo Acreano saiba reconhecer seu trabalho incansável pelo Acre, especialmente pelas pessoas mais humildes.

AcreNews – Como o senhor avalia hoje uma possível candidatura de Jorge Viana ao governo?

Chagas Batista – Acho natural, uma candidatura bastante expressiva porque já foi governador por dois mandatos e tem o que mostrar. Só espero que sua decisão sobre a que cargo concorrer, não passe de hoje. Sinceramente, já deu para os candidatos armarem suas estratégias com base na movimentação dos adversários, esse jogo de pife dos candidatos majoritários já está enchendo a paciência do povo, inclusive a minha.

AcreNews – Tarauacá sempre teve representantes na Aleac, porque perdeu espaço?

Chagas Batista – Não acho que perdeu espaço, nosso grupo político há 20 anos elege deputado estadual, dá as melhores votações para os candidatos a deputados federais e majoritários que apoiamos. Nessas eleições, tenho certeza que vai sair ainda mais fortalecido.

AcreNews – Como o senhor se vê no dia 3 de outubro desse ano?

Chagas Batista – Vejo com grandes esperanças de uma grande vitória do povo brasileiro, acreano e também com nossa eleição para deputado estadual.

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