CULTURA & ENTRETENIMENTO
Exposição “Seringueira”, de Artes Visuais, acontece no Parque Capitão Ciríaco
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Esporte e Lazer Garibaldi Brasil (FGB), divulga a Exposição de Artes Visuais “Seringueira”. Nesta terça-feira, 20, a exposição foi inaugurada às 9h, no Parque Capitão Ciríaco e vai permanecer até 11 de maio.
Projeto aprovado através do Edital de Prêmios de Arte e Patrimônio Cultural 11/2020.
A exposição “Seringueira” mostra as digitais e a voz da força de trabalho feminino, suas dores, perigos e seu canto silencioso nos seringais amazônicos. Parte de uma pesquisa que busca compreender essa história de fato como foi vivida, considerando a participação da mulher nesse cenário tido como majoritariamente masculino.
“Em cores marcadas pelo respeito a minha história, entrego as páginas arrancadas de uma memória de luta que catei pelas estradas de seringa do cotidiano e varadouros da minha infância, enquanto brincava com as criativas sementes da árvore-mulher e ouvia os contos de minhas avós (falecidas Ozira Florêncio da Costa e Helena Ferreira Araújo), que tiveram sua dura lida experienciada nos seringais do Acre”, enfatizou a proponente do projeto, Roberta Marisa.
Sobre a Exposição
A instalação artística busca enaltecer e fazer com que o canto silencioso das seringueiras ecoe além das florestas, sendo delineada por uma narrativa que coloca a mulher à margem dos fatos e oculta o seu protagonismo nos árduos ofícios dos seringais na produção da borracha, quebra de castanha, plantio e cultivo para o sustento (agricultura de subsistência), além das diversas responsabilidades domésticas da família.
Nua, intensa, selvagem de folhas delicadas. Seringueira é a mulher piedosa que desempenha várias funções de sol à chuva, sem valorização, ocupando um espaço que apenas figura uma história protagonizada por “bravos” homens. As obras ilustram essa jornada da mulher com a sua natureza intimamente ligada à árvore dadivosa de seios fartos que jorra leite, alimentando os filhos desesperados que a ferem com incontáveis marcas. Que seu povo tenha ouvidos para escutar com o coração o choro de ouro calado das seringueiras que viveram para atender aos desejos ambiciosos de exploradores.
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