RAIMUNDO FERREIRA
Professor Raimundo Ferreira escreve sobre “O churrasco dos Tupinambás”
O CHURRASCO DOS TUPINAMBÁS
Para quem ainda não se rendeu aos encantos da alimentação saudável, conforme defende os vegetarianos e veganos, e consequentemente são adeptos de uma boa e suculenta carne de origem animal, certamente preferindo os cortes nobres para um bom churrasco, por exemplo alcantra, maminha, contra filé, picanha entre outras e saboreiam essas peças pela maciez e pelo bom sabor, vamos dar uma guinada de noventa graus e fazer um paralelo com os indivíduos que gostavam de carne, talvez até mais do que nós, pois, são capazes de degustar até a carne de seus próprios semelhantes, os canibais. Todavia, conforme podemos constatar junto às informações que consultamos sobre o assunto, eles obedeciam regras rígida antes de saborear carne dos seus semelhantes, ou seja, eles não saíam devorando quem achasse pela frente, especialmente os gordinhos, que para nossa avaliação deveriam conter a carne de melhor qualidade, mas sim, devoravam somente a carne dos grandes guerreiros e líderes dos grupos rivais, na verdade, nas suas culturas, essa postura tinha uma razão lógica, qual seja, acreditavam que, comendo o guerreiro inimigo, estavam absorvendo a sua inteligência, suas táticas de guerra, sua bravura, suas qualidades, e adicionhando esses valores às suas personalidades, ou seja, a qualidade da carne não importava, o importante era que nesse ritual acreditava-se está fortalecendo a capacidade da tribo para guerrear e continuar forte diante dos inimigos, inclusive, para partilhar essa crença e fé à todos os membros da tribo, era preparado um ‘mingau’ com as vísceras dos inimigos e servido aos curumins. Aqui pra nós, acho que eles não comeriam carne de boi, pois, teriam medo de ficar chifrudos. Pois bem, esses índios habitavam a costa brasileira, indo do recôncavo baiano até o Rio de Janeiro, os Tupinambás, apesar de praticarem esses rituais, no entanto, segundo a história, ficaram amigo dos franceses e por essa razão dispensavam os do cardápio, já quanto aos portugueses, de vez em quando, estavam querendo passar um na churrasqueira.