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POLÍTICA

Deu no Globo: Bolsonarista e Lulista disputam a prefeitura de Rio Branco e atual prefeito, Tião Bocalom, é o favorito

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Capital que já teve o PT no comando da política local por duas décadas, Rio Branco (AC) tem uma eleição marcada pela disputa entre a consolidação da direita bolsonarista e uma tentativa da esquerda de se repaginar, diante da rejeição ao partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na reta final, o atual prefeito, Tião Bocalom (PL) lidera as pesquisas e aposta na ligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro para se reeleger. O principal adversário é o ex-prefeito Marcus Alexandre, quadro histórico petista que migrou para o MDB na tentativa de diminuir a rejeição e voltar ao cargo que ocupou entre 2013 e 2018.

esquisa Quaest divulgada no dia 16 mostra o prefeito com 47% das intenções de voto, seguido por Marcus Alexandre (MDB) com 36%. Com chances remotas, Jarude (Novo) tem 5%, e Dr. Jenilson (PSB) aparece com 4%.

Com o apoio do governador, Gladson Cameli (PP), e dos senadores Márcio Bittar (União) e Alan Rick (União), Bocalom aposta tudo na “nacionalização” da disputa para vencer ainda no primeiro turno. Em março deste ano, o atual prefeito deixou o PP e se filiou ao PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nas ruas, o prefeito repete o estilo de Bolsonaro com carreatas pela cidade sempre vestindo uma camiseta da seleção brasileira de futebol. Na sexta-feira (27), a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, esteve na capital acreana para um comício de Bocalom.

“Eles escondem o Lula, mas aqui é uma eleição do candidato do Lula contra o candidato do Bolsonaro. Já nasceu polarizada”, afirmou o senador Márcio Bittar.

Buscando fugir da polarização, Marcus Alexandre deixou o PT em 2023 e foi para o MDB. O ex-prefeito uniu-se ao senador Sérgio Petecão (PSD), antigo aliado de Bocalom, em busca de uma nova roupagem mais de centro. A ida para o novo partido resultou nas desfiliação de quadros da sigla, como o deputado estadual Jarude, que concorre à prefeitura pelo Novo.

Apesar do movimento, Alexandre segue com a imagem muito ligada ao partido do presidente Lula que, liderado pelos irmãos Jorge e Tião Viana, teve o governo local por 20 anos entre 1999 e 2019 e a prefeitura de Rio Branco por quatro mandatos consecutivos, entre 2005 e 2018.

“O PT governou muitos anos no Acre e isso gerou um desgaste natural. Além disso, essa onda Bolsonaro entrou muito forte aqui. O Marcus tem pago um preço muito alto por conta disso”, disse Petecão.

A aliança entre Petecão e Alexandre traz para a disputa uma curiosa outra candidatura à reeleição. Atual vice-prefeita, Marfisa Galvão (PSD), que é esposa de Petecão, rompeu com o prefeito para compor a chapa de Alexandre.

Valor procurou Bocalom e Alexandre, mas ambos não quiseram se manifestar.

Apesar de estar atrás apenas de Porto Velho na medição da pior qualidade entre as capitais brasileiras de acordo com a companhia Suiça IQAir, a pauta ambiental não está no centro das campanhas em Rio Branco. Na última semana, funcionários dos Correios anunciaram greve ambiental em função das fumaças. Mesmo com esse cenário, os candidatos dedicaram poucas linhas de seus planos de governo para o combate às queimadas que assolam a região.

No caso de Bocalom, a principal resistência em falar das queimadas que assolam o Estado é a ligação com o agronegócio. Já Alexandre evita o tema em mais uma tentativa de se distanciar do governo Lula e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Senadora pelo Acre por dois mandatos chegando a despontar como principal força política local, Marina perdeu força política no Estado e, em 2022, se lançou e foi eleita deputada federal por São Paulo.

“Eu percebo que o Marcus não fala por esse debate tem uma relação muito ligada ao PT, a própria Marina”, afirmou.

A professora da Universidade Federal do Acre (UFAC) e pesquisadora do Laboratório de Estudos Geopolíticos da Amazônia Legal (Legal), Luci Maria Teston, argumenta que a pauta ambiental é abordada de forma genérica porque o tema não se converte em votos.

“A gente fez grupos focais no Legal e identificou que o meio ambiente não é um tema que mobiliza o eleitorado em termos de voto. Isso é um fator que eles levam em consideração na elaboração do plano de governo”, afirmou a professora.

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