GOSPEL
Cientistas nucleares ajustam Relógio do Juízo Final e pastores avaliam à luz da Bíblia
No dia 28 de janeiro, o grupo de cientistas nucleares do Bulletin of the Atomic Scientists ajustou os ponteiros do Relógio do Juízo Final para 89 segundos da meia-noite, reduzindo um segundo em relação aos dois anos anteriores, quando o marcador estava fixado em 90 segundos.
A perspectiva bíblica sobre o Juízo Final traz ensinamentos fundamentados nas Escrituras. O pastor e teólogo Kenner Terra explica que, segundo a tradição cristã, esse termo refere-se ao julgamento divino que ocorrerá sobre toda a humanidade.
“A Palavra não revela o momento exato desse evento. O Novo Testamento ensina que o fim iniciou-se com a obra redentora de Cristo e será consumado no tempo estabelecido pelo Pai”, esclarece o pastor. Em Mateus 24.36, Jesus declara: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão unicamente o Pai”.
Kenner Terra também enfatiza que, de acordo com a escatologia neotestamentária, os sinais do fim dos tempos já estão presentes desde a vinda de Jesus. “A obra de Cristo, a implantação do Reino de Deus e a presença do Espírito Santo indicam que a realidade final já se iniciou e será plenamente realizada quando Cristo retornar.” Segundo ele, essa compreensão não deve gerar temor, mas responsabilidade: “A escatologia deve inspirar a Igreja a agir em favor da nova criação, que se concretizará com a vinda final do Filho”.
Mesma percepção
O pastor Acyr de Gerone Junior, da Igreja Missionária Evangélica Maranata no Rio de Janeiro, compartilha a mesma perspectiva. Ele afirma que o Juízo Final será o evento em que Cristo julgará toda a humanidade, determinando o destino eterno de cada indivíduo.
Acyr explica que Cristo separará os justos dos ímpios, concedendo o Reino aos fiéis e destinando os rebeldes à condenação eterna (Mateus 25.31-34; 25.41). “Os mortos serão julgados conforme suas obras, e aqueles cujos nomes não estiverem no Livro da Vida serão lançados no lago de fogo (Apocalipse 20.11-15)”, afirma. Após esse evento, Deus estabelecerá um novo céu e uma nova Terra, onde não haverá sofrimento, dor ou morte, pois tudo o que era antigo terá passado (Apocalipse 21.1-4).
Sobre os sinais do fim, Acyr adverte que é necessário evitar alarmismos e teorias conspiratórias. “Os últimos dias começaram no Novo Testamento e seguem até hoje. Jesus mencionou sinais como guerras, fomes, terremotos e perseguições, mas afirmou que esses seriam apenas o início das dores” (Mateus 24.6-8). Ele acrescenta que a pregação do Evangelho a todas as nações é um fator determinante para a consumação final (Mateus 24.14).
Representação
O Relógio do Juízo Final, criado em 1947, é uma representação simbólica da proximidade da humanidade com sua própria destruição. Seus ponteiros são ajustados anualmente por um comitê composto por cientistas, incluindo ganhadores do Prêmio Nobel.
No contexto histórico, ele chegou a marcar 17 minutos para a meia-noite em 1991, após o fim da Guerra Fria. Hoje, as ameaças incluem armas de destruição em massa, crises ambientais e os riscos associados ao avanço tecnológico sem controle adequado.
Diante dos sinais dos tempos, a mensagem das Escrituras é clara: o Juízo Final é certo, mas seu tempo pertence exclusivamente a Deus (Mateus 24.42-44; 2 Pedro 3.9-10). O chamado é para que todos estejam preparados e vivam em conformidade com a vontade divina, pois “a volta de Jesus será o cumprimento final do plano de Deus”.
Com informações: GospelMais