Na quinta-feira, 12 de junho, data em que se celebra o Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), promoveu ação educativa em Cruzeiro do Sul. Na sede da Missão Família, instituição beneficente, crianças e adolescentes participaram de uma palestra sobre os perigos e consequências da exploração do trabalho infantil.
A atividade, realizada de forma lúdica e acolhedora, buscou informar e escutar os jovens, criando um espaço de reflexão. A data, instituída em 2002 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), marca a apresentação do primeiro relatório global sobre o trabalho infantil durante a Conferência Anual do Trabalho. Desde então, a OIT tem convocado governos, empregadores, trabalhadores e a sociedade civil a unirem forças pela erradicação dessa grave violação de direitos.
No Brasil, o 12 de junho foi oficializado como Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil pela Lei nº 11.542/2007. As ações em todo o país são coordenadas pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), em articulação com fóruns estaduais e diversas instituições da sociedade civil. O símbolo da campanha é o cata-vento de cinco pontas coloridas — azul, vermelha, verde, amarela e laranja — que representa a infância, o movimento e a necessidade de ações contínuas e articuladas para proteger crianças e adolescentes.
Durante a palestra, conduzida pela psicóloga social Genilsa Silva, temas como os direitos da infância, o papel da escola e a importância do brincar e do desenvolvimento pleno foram abordados com sensibilidade e proximidade com o público.
“A infância é uma fase fundamental da vida, que deve ser vivida com dignidade, segurança e afeto. O trabalho precoce interrompe sonhos e impõe responsabilidades que não pertencem a essa etapa. Nossa missão aqui é informar, acolher e empoderar essas crianças e adolescentes para que conheçam seus direitos e saibam que não estão sozinhos”, destacou a psicóloga.
Entre os participantes, Pâmela Vitória, de 11 anos, mostrou atenção a cada palavra dita. “Eu aprendi que trabalhar quando é criança faz mal, e que a gente tem que estudar e brincar. Eu gosto de desenhar e quero ser professora um dia”, disse.
O adolescente Jhonatan Silva, de 13 anos, compartilhou uma experiência marcante: “Eu já ajudei muito em casa, vendendo coisas na rua. Agora sei que isso não é certo para minha idade. Quero um futuro melhor. Quero estudar e conseguir um bom trabalho mais pra frente, quando for a hora certa”.
A ação faz parte do calendário de atividades educativas do governo estadual voltadas para a garantia de direitos de crianças e adolescentes, especialmente os que enfrentam realidades de risco e vulnerabilidade.