Operação Héstia: empresário que exibiu carrões de luxo e foragido da justiça tornam-se réus

Consta na denúncia oferecida pelo GAECO que a organização criminosa era especializada na lavagem do dinheiro provenientes do tráfico de drogas. A investigação revelou que o núcleo de comando da quadrilha Érico Batista de Souza e Adayldo de Freitas Ferreira, utilizava pessoas de baixa renda, a maioria familiares, como laranjas.

A finalidade era ocultar o patrimônio adquirido com dinheiro do tráfico de drogas. O que chamou a atenção é que os bens dos supostos proprietários são totalmente incompatíveis com os seus rendimentos.

A investigação descobriu que uma mansão em condomínio de luxo, avaliada em R$ 1.700,000,00 (um milhão e setecentos mil reais) está em nome de uma mulher que teve último rendimento previdenciário em 1998. De lá para cá a acusada, que mora em uma casa humilde, não teve renda declarada.

Na residência da suposta dona foi encontrado um contrato de compra e venda no valor de 850 mil reais. Mas as forças policiais comprovaram que a casa luxuosa foi vendida por um milhão e 700 mil reais, a um empresário do ramo de extintores.

Foram com base nessas e outras provas, entre elas, interceptações telefônicas autorizadas pela justiça, que 15 alvos da Operação Héstia passaram da condição de acusado para réus no processo.

Entre eles, Érico Batista de Souza, Érick dos Extintores e Adayldo de Freitas Ferreira, o Bebê da Conquista, foragido da justiça do Acre desde 2017.

A Operação Héstia foi deflagrada pela Força Integrada de Segurança Pública no dia primeiro de dezembro do ano passado para desarticular uma organização criminosa que atuava no Acre, Rio Grande do Norte e no Rio de Janeiro.

Os chefes da organização criminosa foram denunciados por integrar organização criminosa e nove vezes por lavagem de dinheiro. Os réus agora terão o prazo de dez dias para responder à acusação, finalizada a etapa de respostas a denúncia, a justiça vai marcar a audiência de instrução e julgamento do processo.