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EVANDRO CORDEIRO

COLUNA DO EVANDRO | Como nós fomos enganados pela esquerda quando “imbecil” não tinha direito à informação, meu pai!

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Hoje me peguei lembrando de meu primeiro voto para presidente. Cravei Fernando Collor, ceguinho da silva, naquele início dos anos 1990. A Rede Globo me disse que ele era caçador de marajás, uma casta agarrada no Estado que ganhava absurdos. Eu, pobre que só a peste, achava injusto o serviço público pagar fortunas a uns poucos. Os globais e globalistas progressistas do fórum de São Paulo tinham feito uma cagada ao apresentar aquele bonitão, de família rica dos engenhos do Nordeste, pra nós – isso mesmo. Eles também se enganam de vez em quando. Como eram donos da informação, fizeram de tudo para o povão não perceber a mancada, usando um ainda desconhecido impeachment, ao menos no Brasil, para corrigir aquele ’embrulho’ que empurram goela abaixo da galera.

Detonado o caçador de marajás, levantaram, então, outra lebre. Pegaram um professor socialista, aposentado tão precocemente que nem deu tempo de sujar os dedos de giz, chamado Fernando Henrique Cardoso. Esse foi passado pra gente como o estabilizador da economia. A informação sobre ele soou bem no ouvido do brasileiro, porque a gente vinha de uma recessão do governo Sarney capaz de desvalorizar o ouro na bolsa de valores. Era uma loucura a economia, porque a esquerda recebeu o poder dos militares absolutamente despreparada para governar o país. O açúcar adquirido de manhã por um tanto, à tarde só era comprado dois dígitos acima. Um inferno! Foi até bom o período FHC. Um alívio no bolso. A gente só não sabia dos bastidores. Pouca gente tinha acesso a verdade e estas a escondiam dos mortais. Na mesma batida, elegeram, então, um torneiro mecânico festeiro, bufão, que teve a audácia de dizer que pagou a dívida do Brasil com o FMI e que tirou o pobre da pobreza, nada comprovado até hoje. O pobre que ele tirou da pobreza foram os próprios apaniguados, depois maioria presos. Nos bastidores os crimes eram perpetrados, ao mesmo tempo em que, para a nossa sorte, o vale do silício, na Califórnia, Estados Unidos, reunia crânios capazes de socializar, de verdade, aquilo que sempre nos foi negada, a informação. Trouxeram o computador para o bolso do povo, popularizado como celular, e por meio deste o acesso direto a informação. Zap, Twitter, insta e outros quitais ligaram um brasileiro ao outro, livrando a todos do julgo da velha imprensa.

A internet e seus afluentes, um dos maiores avanços da ciência na história da humanidade, tiraram parte do poder da Rede Globo, que não conseguiu mais em 2018 eleger quem queria eleger. Temos acesso a informação e, embora misturada a muita desinformação, é possível checar onde está mais ou menos a verdade, o que já é um grande avanço para quem vivia sob o tacão dos conglomerados de comunicação de massa.

Só fica uma queixa, um ressentimento, a péssima ideia de ter que engolir uma verdade, a de que fomos enganados por tantos séculos. Mas quem vive de passado é museu, como cunha o almanaque capivarol. Deixemos para trás e sigamos em busca de mais verdade, embora o sistema criminoso montado por meio da mentira nos chame de imbecis. Ninguém engana a tantos por tanto tempo, nem que esse tempo sejam milênios.

Viva a democracia da informação!

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