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Pesquisador faz histórico de mortes por picada de cobras no Juruá: Homens são maiores vítimas
O professor da Ufac, Paulo Sérgio Bernarde, do campus floresta e a ex-aluna Thienify dos Santos Nascimento Rodrigues publicaram uma pesquisa com levantamento do histórico de mortes por picadas de serpentes em diferentes comunidades da Região do Alto Juruá, na revista científica internacional Toxicon. O título do artigo é “Morbidity survey of the history of snakebites in different communities in the alto Juruá, western Brazilian Amazon”.
A pesquisa, que é fruto da dissertação de mestrado em Ciências da Saúde na Amazônia Ocidental de Thienify, foi realizada em cinco comunidades do Alto Juruá entre os anos de 2017 a 2019, através de entrevistas semiestruturadas que foram aplicadas a 260 moradores.
O trabalho tem como objetivo principal avaliar o histórico de acidentes ofídicos que acontecem naquela região e qual foi a conduta das vítimas em relação aos primeiros socorros e prevenção tomadas posteriormente. “Uma coisa que notamos, é que as pessoas que desenvolvem atividades em matas de várzea, estão mais vulneráveis aos acidentes ofídicos do que as que frequentam as florestas de terra firme. Isso nos fez realizar outras pesquisas em paralelo”, destacou o professor Paulo Sérgio.
Em dados, o artigo revela que perfil das vítimas mais atacadas correspondem a 73,2% do sexo masculino, morador da zona rural e que desenvolve atividades na agricultura e extrativismo. Em relação aos acidentes, às picadas de Bothrops foram as mais frequentemente relatadas, sendo 90,3%, e os procedimentos de primeiros socorros foram considerados inadequados, como uso de torniquetes e consumo da bebida conhecida como “Específico Pessoa”.
[UFAC.BR]