COLUNA DO EVANDRO| “Eu tô com 1 bilhão de obras pra fazer. Vamos falar sobre eleição ano que vem”, diz Bocalom sobre especulações em torno da reeleição

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), tomou uma decisão: não vai mais falar sobre sua possível candidatura a reeleição, pelo menos esse ano, o que eu duvido muito. Quem vai disputar uma reeleição começa a entrar nela no primeiro dia do primeiro mandato. Mesmo assim da pra entender ele. Mesmo faltando um ano e tal para a disputa, surgem nos bastidores algumas informações que fazem muito sentido, mas uma maioria não passa de invencionices que mais atrapalham os interesses do candidato. Eu perguntei a ele que importância ele está dando a chegada dos senadores Alan Rick e Márcio Bittar, ambos do União Brasil, para mais perto dele, assim como ao processo de reaproximação que constrói em relação ao governador Gladson Cameli (PP), maior liderança de seu partido. Não quis seguir com o assunto, apesar de considerar importante todos esses passos que estão sendo dados. Pra mídia não falará. “Eu tenho 1 bilhão de obras pra fazer, meu amigo. Eu vou centrar no trabalho. Ano que vem a gente entra nessa fase de falar sobre a reeleição, sobre aliados possíveis”, afirmou. É estilo velho Boca de tratar os assuntos do dia-a-dia. Se materializar as obras, fará mais que uma reaproximação com as lideranças políticas. Se chegará ao povo, com quem ainda não vai tão bem assim, se quiser mesmo mais quatro anos.

Bittra e Alan

“Eu e o Alan (Rick, UB) estamos afinados. Agora é ajudar a construir a candidatura dele a governador”. Do senador Márcio Bittar (UB).

Chegaram bem
Alguns deputados novatos começam a dar as caras na Assembléia Legislativa. Promessa de bons debates. Entre eles listo Clodoaldo Rodrigues (Republicano) e Gilberto Lira (União Brasil). Pelo menos chegaram propondo.

Desempregados
A companheirada petista das ruas, dos embates nas redes sociais, está toda desempregada ainda. E não há notícia boa. A turma das hilux já se resolveu em Brasília e aqui ficaram camaradas e companheiros, só espiando.

Governo 2026

Além de Alan Rick, mais uns três nomes, de fato, podem ser construídos para a disputa do Governo em 2026, entre eles o da vice-governadora, Mailza Assis (PP), do ex-presidente da Assembléia Legislativa, Nicolau Júnior (PP), e até da deputada Michelle Melo (PDT). Na esquerda, a menos que surja um nome novo, ou que o ex-deputado Jenilson Leite (PSB) caia nas graças do povo. Não vejo Jorge Viana (PT) no pareô no momento. E se o Governo Lula afundar, aí que ficará sem chance pra ele.

Leitura de Brasileia
Fernanda Hassem (sem partido), a bem avaliada prefeita de Brasileia, tem uma prova de fogo pela frente em relação a suas pretensões de deixar um substituto. Seu vice, Carlinhos do Pelado (PSB), tenta se viabilizar, seu ex-secretário de Planejamento, Emerson Leão, também quer ir pra disputa. Inclusive tem um gesto para mostrar como moeda, o fato de ter sido leal a candidatura do irmão de Fernanda, o Tadeu Hassem (Republicano), que se elegeu deputado estadual. Por fora tem o candidato da vice-governadora Mailza Assis, o ex-vereador Joelson Pontes, do PP, que tem ao seu redor a deputada Maria Antônia (PP). Fernanda tem esses nomes para escolher, a menos que tire um nome da manga que ninguém espera.

Nomes do governador
Sobre a disputa pela prefeitura de Rio Branco, na eventualidade de não apoiar a reeleição do Bocalom, o governador Gladson Cameli (PP) tem mil e uma opções, tanto dentro da gestão quanto nas casas legislativas. Ele certamente adoraria eleger na capital a ex-prefeita Socorro Neri (PP), hoje deputada federal, mas tem nomes bons como os da deputada estadual Michelle Melo (PDT), do deputado estadual Nicolau Júnior (PP), seu ex-cunhado, que poderia mudar seu domicílio eleitoral pra capital, além de grandes gestores em seu time de secretários, como Petronio Antunes no Deracre, Aberson Carvalho na educação, e João Paulo Silva na Fundação Hospitalar. Para onde vai a disputa, não dá pra prever ainda, afinal nem o Carnaval aconteceu, mas seguramente Cameli achará o jeito para eleger seu preferido.

Sal grosso
O ex-deputado Ney Amorim precisa tomar um banho quem sabe de sal grosso. Perdeu as duas últimas eleições e nas últimas horas a sede de sua fazenda, na Vila do V, em Porto Acre, para um incêndio provavelmente criminoso.

A vontade
Luiz Gonzaga (PSDB) está bem a vontade na cadeira de presidente da Assembléia Legislativa. Aproveitou os últimos quatro anos como primeiro secretário para se preparar. Já prepara notícias boas para os servidores e, claro, para seus pares.