Aumento do preço da carne e da cesta básica força o fechamento da fronteira da Bolívia com o Acre

Por Wanglézio Braga / Foto: Reprodução

Nem mesmo a chuva que caiu na manhã de hoje (10) na região de fronteira impediu o fechamento das pontes sobre o Rio Acre entre as cidades de Cobija e Epitaciolândia e Brasiléia. Um protesto formado por mototaxistas do grupo “5 de mayo” e com a participação de outros sindicatos pediu ações efetivas do governo de Luis Arce e do Departamento de Pando sobre o aumento do valor dos itens da cesta básica e da carne vendida no comércio local.

O protesto mobiliza além de mototaxistas, dezenas de moradores e também membros instituições públicas. O preço da carne disparou nos últimos dias na Bolívia e sofre com a oscilação dos valores nos açougues e em mercantis. O mesmo acontece com itens da “canasta familiar”, que para nós é a popular cesta básica.

Alguns presentes nos movimentos reclamaram que o preço da carne, em especial, é abusivo, pois beiram os B$ 50 bolivianos em alguns estabelecimentos da capital do Departamento de Pando.

Outros manifestantes reclamaram da forte fiscalização sanitária nas pontes da Amizade e Internacional para frear o contrabando de alimentos. Vale lembrar que alguns produtos consumidos por bolivianos são adquiridos em Epitaciolândia e Brasiléia, com facilidade e a preço mais baixo que no mercado local.

Além das pontes, dezenas ruas e avenidas da cidade de Cobija foram fechadas. Um desses pontos fica na frente do Parque Piñata, que é um dos parques urbanos mais frequentados pelos moradores. O protesto continua pela tarde. Os governos não fizeram nenhuma manifestação até o fechamento dessa reportagem.