Calor intenso no verão amazônico exige cuidados redobrados com a saúde das crianças

Com temperaturas acima de 35°C, a médica e pediatra, Marian de Paula, alerta para os riscos de desidratação e outras complicações de saúde entre as crianças.
O calor intenso do chamado verão amazônico, com temperaturas frequentemente acima dos 35 graus, traz desafios à saúde, especialmente das crianças. A médica pediatra e professora auxiliar da ITPAC/Afya Cruzeiro do Sul, Marian de Paula, alerta que o período exige cuidados redobrados com os pequenos, devido à sua maior vulnerabilidade ao impacto do calor excessivo.
“As crianças têm um sistema imunológico ainda imaturo, o que as torna mais suscetíveis a infecções, especialmente as gastrointestinais. Além disso, elas podem desidratar-se mais rapidamente, pois possuem menor volume corporal”, explica a especialista. Esse quadro pode ser agravado em condições sanitárias inadequadas, aumentando o risco de contaminação por alimentos mal conservados ou higiene precária.
Entre as recomendações para prevenir esses problemas, Marian destaca que “é essencial garantir boas condições sanitárias, higienizar corretamente os alimentos e orientar as crianças sobre a importância de lavar as mãos antes das refeições. Além disso, os pais devem estar atentos a sinais de gravidade, como diminuição da saliva, ausência de lágrimas, menor volume urinário, vômitos repetitivos e diarreia volumosa”.
O risco de exposição ao sol durante longas horas também é um fator de preocupação. A exposição desprotegida pode causar insolação, queimaduras e, a longo prazo, até câncer de pele. Marian recomenda evitar que as crianças fiquem ao sol entre 10h e 16h e reforça o uso de protetor solar, chapéus e roupas leves. “A desidratação é um risco constante nesse calor. Por isso, os pais devem oferecer líquidos regularmente, sem esperar que as crianças peçam, além de monitorar a qualidade da alimentação, especialmente quando feita fora de casa”, completa.
Além dos riscos de desidratação e contaminação alimentar, outro ponto de atenção é o aumento das picadas de insetos e a prática de atividades ao ar livre, como andar de bicicleta ou brincar em piscinas e rios, que podem levar a acidentes. “A supervisão constante é fundamental, principalmente nas atividades aquáticas. Equipamentos de segurança, como capacetes e joelheiras, são indispensáveis para evitar lesões graves”, orienta a pediatra.
Em relação à proteção solar, Marian destaca que as orientações variam conforme a idade da criança. “Até os seis meses, os bebês não devem ser expostos diretamente ao sol. A partir dessa idade e até o primeiro ano de vida, a exposição deve ser breve e sempre nos horários mais seguros, antes das 10h e depois das 16h, com o uso de protetor solar adequado”, explica. Para crianças de até cinco anos, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o uso de filtros solares infantis, menos agressivos à pele.
A médica reforça que, além do uso de protetor solar, a hidratação é essencial. “Oferecer bastante água, água de coco e sucos naturais ao longo do dia, além de priorizar alimentos leves e ricos em água, como frutas e verduras, ajuda a manter o corpo hidratado e a evitar complicações”, recomenda.
Por fim, a médica alerta que os responsáveis devem ficar atentos a sinais como urina escura, redução no volume de urina, perda de apetite, vômitos e fezes amolecidas. “Esses são sinais claros de que algo não está bem e é necessário procurar um serviço de saúde imediatamente”, conclui Marian de Paula.
Sobre a Afya
A Afya, líder em educação e soluções para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 32 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.583 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 20 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2023) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em www.afya.com.br e ir.afya.com.br.

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