Cobertura de Saneamento no Acre se equipara à do Malawi, revela estudo

Um levantamento recente realizado pela Folha de São Paulo, utilizando dados do IBGE e da ONU, revelou discrepâncias alarmantes na cobertura de saneamento básico entre os estados brasileiros e comparações internacionais. De acordo com os dados de 2022, o Acre apresenta apenas 46,6% de suas moradias com acesso a esgotamento sanitário adequado, uma realidade comparável à de Malawi, na África, que conta com 44,6% de cobertura.

A comparação mostra uma profunda desigualdade regional no Brasil. Enquanto Minas Gerais se aproxima de países desenvolvidos, com 84,3% de sua população atendida por esgotamento adequado – quase equiparando-se ao Canadá, que tem 83,9% – o Acre luta com desafios que espelham os de nações muito menos desenvolvidas.

Em entrevista à Folha, Luana Pretto, presidente do Instituto @tratabrasil, enfatizou a necessidade de atenção continuada ao saneamento como política pública. “Saneamento é uma política pública de médio e longo prazo. Uma diferença tão grande de estados da região Norte para a região Sudeste mostra a importância da priorização do tema ao longo do tempo,” disse Pretto.