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EZIO GAMA

Para proclamadores do Apocalipse, seca do Rio Eufrates aponta para profecias, escreve articulista do AcreNews

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A seca do Rio Eufrates e os impactos no Oriente Médio

Berço da civilização, conhecida como Crescente Fértil, a região hoje está em alerta por causa da redução do volume das águas do Rio Eufrates. A região da Mesopotâmia, que significa “entre rios”, hoje vê seus principais rios (Tigre e Eufrates) em grande baixa de volume de água e seca já alguns anos, se intensificando mais nesse período.

O curso d’água na região é a principal fonte de água potável local, além de abastecer três hidrelétricas. Essas usinas geram eletricidade para cerca de 3 milhões de pessoas na Síria. Com 2,7 mil quilômetros de extensão, nascem na Turquia, vindo do Irã o rio Karun, um importante afluente do rio Tigre.

Em algumas regiões do Iraque, a seca não deu trégua há anos, e os níveis de água no rio Eufrates caíram para níveis alarmantes. O Iraque é um dos países mais afetados pela crise. Além da falta de chuva, décadas de instabilidade política e guerras, bem como uma infraestrutura inadequada, agravam mais ainda a situação.

Os moradores da região culpam os governos turco e sírio. Há pelo menos sete represas no Eufrates, na Turquia e na Síria. O Iraque tem bastante água, mas é um país que está corrente abaixo da nascente. O país vive à mercê de políticas vizinhas, que são constantemente acusadas de ter uma gestão de recursos hídricos injusta e mal administrada por parte desses países.

Há bastante ressentimento dos moradores das margens do rio em relação aos turcos e sírios. Mas, também, contra os americanos, curdos, iranianos e o governo iraquiano. A escassez hídrica transforma o problema em questão de guerra de acusações entre eles.

Do ponto de vista dos proclamadores do apocalipse, o cenário é exatamente esse, apocalíptico:  fome, miséria, doenças, sede, guerras, tudo isso são os reflexos desse cenário catastrófico na região. Há quem sinaliza que é o cumprimento bíblico da profecia de Jeremias, na Bíblia ou do livro de Apocalipse, que de fato, ambos apontam para o secamento do rio Eufrates.

Fazendo um paralelo, o que foi o berço fértil da civilização, a região do Jardim do Eden, jardim de delícias, hoje está virando pântano e tristeza para a região onde outrora foi um dos lugares mais ricos do planeta. E pelo que tudo indica, se essa crise se agravar, veremos sim um tempo profético que afetará não só o oriente médio, bem como Israel e o mundo.

Ezio Gama é sociólogo e escreve sobre geopolítica.

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