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EZIO GAMA

Professor Ezio Gama estreia coluna no AcreNews escrevendo sobre a onda vermelha na América do Sul

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A América do Sul Vermelha e o perigo das ditaduras

Um espectro ronda a América do Sul – o espectro do comunismo. Parafraseando a frase inicial do livro “O Manifesto do Partido Comunista”, de 1848, dos autores Karl Marx e Engels. Na ocasião, era a Europa que estava sendo tomada pelos ideais socialistas e comunistas, o que poderia ser considerada já uma enorme força política.

Como entender essa polarização e mudança no espectro político para a esquerda na América do Sul? Em parte, poderíamos atribuir ao Foro de São Paulo. Criado pelo ex-presidentes Lula e Fidel Castro em julho de 1990, com o objetivo de discutir o futuro a se tomar na América Latina e Caribe, por conta do acontecimentos pós-queda do Muro de Berlim. A partir daí projetos de poder, com o objetivo de eleger seus representantes começou a tomar força em toda a América Latina.

Nos anos 2000 a maioria dos países da América do Sul eram de esquerda. Era um tempo em que países emergentes eram interessantes para os investidores externos, por isso era injetado muito recurso na região. Em 2011 houve um crescimento da presença de eleições pró esquerda na América do Sul.

As duas últimas eleições a transformaram numa região cujos governos são na maioria de esquerda. Dos 12 países que a constituem, oito são comandados por líderes que se identificam com esse lado do espectro político.

Líderes de esquerda chegaram à presidência do México, Argentina, Bolívia, Peru, Honduras, Chile e Colômbia, desde 2018. A esquerda já conseguiu avançar em vários países sul-americanos nas últimas eleições. Em 2019, Alberto Fernandez venceu Mauricio Macri, eleito presidente da Argentina no 1º turno.

A zona vermelha está se instalando e dominando quase todo o continente latino-americano. Tecnicamente, só é considerado vermelho atualmente Cuba e a Venezuela, os mais extremistas. Os demais, por serem menos radicais, são considerados zona rosa. No entanto, vemos que os abusos de líderes estão demonstrando seu extremismo escancaradamente. Como a exemplo, a Nicarágua, que tem fechado igrejas e censurado os meios de comunicação. Não podemos usar de eufemismos políticos a fim de abrandar a ameaça à democracia, que é a bandeira vermelha da esquerda no poder, através de seu regime opressor. Estamos vendo uma onda vermelha invadindo a América do Sul.

A zona de guerra vermelha se inicia, em primeiro lugar, como uma guerra cultural. Educação, cultura, lazer, esporte e religião começam a ser monitoradas e dominadas. Em segundo, são aparelhadas outras estruturas da sociedade, culminando em ideologização política. Como enxames, estão invadindo os espaços públicos, ocupando posições estratégicas, como ativistas ideológicos. O ativismo jurídico tem dado todo o amparo, legitimando tais líderes autoritários. Vejamos o que está ocorrendo na Nicarágua: censura religiosa, com fechamento de igrejas e prisões de seus líderes. Nada difere de regimes totalitários, como exemplos, da China e da Coreia do Norte.

Não está sendo diferente no Brasil, pelo contrário. O país não conseguiu se desvencilhar do fantasma do socialismo/comunismo. Desde a iniciação do período democrático, permeia ainda no meio político uma prevalência do progressismo e da esquerda no comando do país. O plano de consolidação de um socialismo “à la brasileña”, proposto por Luiz Inácio Lula da Silva sempre foi de engendrar paulatinamente os ideais socialistas, compartilhado pelos ditadores Fidel Castro e Hugo Chaves.

Agora, o Brasil, esse gigante verde e amarelo, tem resistido ainda, mesmo diante de censura, prisões arbitrárias e um governo “paralelo”, comandado por um piromaníaco com síndrome de ditador, que foi posto como o legislador em favor de um partido único. Através de seu “bastão” de reizinho, ou melhor, sua “canetada”, a imprensa está amordaçada e canais de líderes políticos e religiosos na internet estão sendo alvo de perseguições pessoais, bloqueio e censura.

O que vemos, através dessa ideologia ditatorial, é a tentativa de encarcerar as mentes da população, que está sendo coagida pelo medo de ter privado seu maior bem, que é a sua liberdade.

Essa guerra não é mais só uma questão de preferência entre lados, entre direita e esquerda. É uma batalha, sim, entre o bem e o mal. Não com armas de fogo ou violência. É uma luta pacífica pelas liberdades individuais, pelo direito à vida,
à propriedade, pelo direito de ir e vir, pela liberdade de expressão, pela justiça, pela lei e a ordem. Há ainda aqueles que resistem firmes e inabaláveis.

Que Deus livre nossa nação e as famílias brasileiras desse nefasto espectro do comunismo, que ronda, não só a América do Sul, mas o mundo. Desse viés, que representa sangue e morte e que mantenha nossa liberdade. Pois como disse o mestre em João 8.32: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.  

Ezio Gama – Sociólogo e Colunista de Geopolítica.

21 de outubro de 2022

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