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Paulina Ribeiro, a professora que teve 17 filhos e formou a todos em Cruzeiro do Sul

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Por Eré Hidson

Professora Paulina no início da carreira

Filha de João Alves da Silva, agricultor e seringueiro, e Helena Ribeiro da Silva, doméstica, a professora Paulina Ribeiro da Silva Rogério nasceu dia 3 de junho de 1943. Casou-se com Dejalma Alexandre Rogério.
Tiveram 17 filhos, ressalva-se, todos com nível superior.
Sendo eles Paulo da Silva Rogério, policial Civil; Maria de Fátima da Silva Rogério (in memorian); Maria Helena da Silva Rogério, professora; José Francisco da Silva Rogério, funcionário público; Adejalcimar da Silva Rogério, jornalista e pedagogo; Edmar da Silva Rogério, bacharel em História; Vagno da Silva Rogério, bacharel em Contabilidade; Carlos da Silva Rogério, bacharel em Direito; Antônio Mauro da Silva Rogério, policial militar; Edvan da Silva Rogério, tenente-coronel e atual comandante da Polícia Militar no Juruá, até a data desta publicação;
Adeildes da Silva Rogério, enfermeira; Maria Aparecida da Silva Rogério, coordenadora de ensino; Ednaldo da Silva Rogério, policial militar:
Sérgio Alexandre da Silva Rogério, Bombeiro Militar; Paula Cristina da Silva Rogério, segurança privada;
Roger da Silva Rogério, concludente do curso de gestão pública; e Pauline da Silva Rogério, concludente do curso de pedagogia;

A professora e o marido montaram dois empreendimentos com muito esmero e dedicação, o Hotel Oasis e o Supermercado Hiper-bom.

Começou a lecionar aos 18 anos, em Cruzeiro do Sul, no então Território do Acre, exatamente em 1961, na pré-transição da mudança do Acre território, para a atual condição de estado.
Muito lúcida, ainda lembra das movimentações políticas da época, das campanhas que foram feitas para que nós chegássemos nessa nossa condição atual.
Cita o então senador José Guiomard Santos, que apresentou a Lei/4070/1962, aprovada e nos deu o status que temos até hoje.

Trabalhou durante 30 anos em vários lugares de Cruzeiro do Sul, inclusive, na área rural, ainda nos anos 60, como é o exemplo da comunidade 13 de Maio, na Escola Medeiros de Albuquerque, atualmente Município de Rodrigues Alves.

Também trabalhou na Escola Rui Barbosa.
Também trabalhou na Escola Antônio Quirino Nobre; que dar nome ao Sr Quirino, dono da Casa Quirino, Seringalista e Próspero Comerciante.

“É muito bom ser Professora ! É muita dedicação a gente ser professora. Eu gostava ser professora, até hoje eu sinto falta aos 80 anos. Era muito prazeroso”, conta.

Segundo elq, seus alunos eram todos obedientes. “Trabalhei como diretora, como professora, foi muito legal. Até hoje tem muitos deles que chegam e agradecem. Dizem; tenho essa patente graças aos seus ensinamentos. Gratidão, professora”, diz.

Cita o exemplo do comerciante Soares da Drogaria, que sempre diz: o saber que tenho, é graças a senhora.
Isso é muito gratificante esse reconhecimento, destaca.

E ainda vários e incontáveis alunos que chegam abordando e dizem: olá professora, estás lembrando de mim? E a maioria não tem como lembrar, porque eles crescem e mudam o rosto, mas, o mais importante é o que ficou de aprendizado dentro da cabeça de cada um, pontua.
Lembra dos inúmeros amigos e companheiros de jornada, também professores que fizeram a educação do Juruá.

Professora Maria das Dores (im Memorian) da Escola Rui Barbosa.

Professora Leudice da Escola Rui Barbosa.

Professora Cidália, da Escola Quirino Nobre.

Professora Regina Maia, que foi inspetora de ensino e Vice-prefeita.

Professora Hidelgardes, que também foi Vereadora.

Professora Maria José Negreiros.

Professora Auraniz Marques, que também foi inspetora de ensino e Vereadora.

E tantas outras companheiras e companheiros que fizeram de suas vidas, um sacerdócio pela causa da educação.
Sobre os últimos acontecimentos, não só no Acre, mas também, nos grandes centros do país, que envolve mortes de professores pro alunos, agressões físicas e verbais, se diz chocada e triste com essas barbaridades. Pois era tudo muito diferente do meu tempo.
“No meu tempo, o aluno obedecia o professor, como que se tivesse obedecendo o pai e a mãe! Era obedecia, era respeito. Hoje não tem nada disso”
Eu acho muito bárbaro o que está acontecendo hoje em dia, porque o aluno de hoje, até com os pais são desaforados, e o que aprendem em casa, levam pra escola.
No tempo que comecei, tinha as orações e cantávamos o hino nacional e as vezes o hino do Acre.
“É uma pena não ter mais, pois aquela educação, tá muito rara”
Hoje não tem educação, educação tá muito pouca.
Fazia gosto entrar numa escola naquela época, que você via os arrumadinhos, comportados e estudando pra valer, destaca.
Educou seus filhos e cuidou para que eles fossem o que são hoje, homens e mulheres de bem.

“Com a minha educação que eu tinha, e tenho, eduquei meus filhos nesse ritmo”

“Nunca tive queixa dos meus filhos, nunca chegou ninguém dando queixa dos meus filhos em escola”
porque eu dizia a eles; em casa é uma coisa, na escola é outra, o que trouxer reclamação de escola, vai ficar de castigo, e foi assim que eduquei todos, graças a Deus.
Tenho um sentimento de dever cumprido com os meus filhos, e com os filhos dos outros, pois eu tinha eles como fossem meus filhos! também e também com a educação.
E deixa uma mensagem para esta, e as futuras gerações; que os pais busquem criar os filhos como cristãos, como eu criei os meus.
Porque sem a educação doméstica, não vai em frente.
Primeiramente a educação doméstica, depois a educação da escola, porque a criança leva a educação de casa.
Os pais hoje em dia, estão sendo muito liberais e permissivos, fazem os filhos e deixam soltos no mundo, e não tem que ser assim.
Pai tem que ser pai, e mãe tem que ser mãe.

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