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China compra a maior reserva de urânio do Brasil com mais de 100 tipos de minerais em município do Amazonas
Negócio inclui a maior reserva de urânio do Brasil, localizada no Amazonas, com potencial para exploração de 15 terras raras e minerais críticos como nióbio e tântalo, essenciais para tecnologia e defesa.
A China acaba de dar um passo estratégico no mercado global de minerais ao adquirir, no estado do Amazonas, a maior reserva de urânio do Brasil, por 340 milhões de dólares. conforme o BNC Amazonas. A compra foi realizada pela CNT, subsidiária da estatal China Nonferrous Metal Mining Group Co., marcando mais um movimento ousado da República Popular da China na busca por recursos essenciais para sua indústria e economia.
Localizada no município de Presidente Figueiredo, a 107 km de Manaus, a reserva é uma das mais promissoras do país. A região, já conhecida por suas riquezas minerais, agora se torna um ponto-chave para os interesses chineses, especialmente pela presença de urânio, um metal estratégico para a geração de energia nuclear e uso militar. No Brasil, 99% do urânio é usado como combustível em usinas nucleares, mas o interesse global por suas aplicações vai muito além.
Negócio fechado e anúncio feito
A transação foi confirmada na madrugada desta terça-feira (26) e já repercute em mercados internacionais, com anúncios oficiais divulgados nas bolsas de valores de Pequim e Lima. A mineradora Taboca, que explorava a região desde 1969, informou que transferiu 100% de suas ações à CNT, empresa chinesa. Segundo comunicado oficial, a venda representa “uma oportunidade de crescimento para a Mineração Taboca”.
A Taboca é controlada pela peruana Minsur S.A., que agora transforma o negócio em um ganho estratégico não apenas para a China, mas também para os investidores peruanos, num verdadeiro “negócio da China”.
Por que a maior reserva de urânio do Brasil importa tanto?
A reserva de urânio de Pitinga, em Presidente Figueiredo, não é apenas rica em urânio, mas também abriga terras raras e minerais estratégicos, como nióbio, tântalo, estanho e tório. Esses materiais são indispensáveis para indústrias de alta tecnologia, incluindo a fabricação de turbinas, foguetes, baterias e até satélites espaciais.
O nióbio, por exemplo, é usado em ligas super-resistentes e aplicações aeroespaciais, enquanto as terras raras são fundamentais para a produção de componentes eletrônicos e energias renováveis. Com essa compra, a China reforça sua posição de liderança no domínio desses recursos estratégicos, essenciais para a economia do futuro.
Impacto para o Brasil e para o mundo
A venda da maior reserva de urânio do Brasil levanta discussões sobre o controle de minerais estratégicos em território nacional. Além disso, a transação destaca a crescente influência da China no mercado de commodities e no controle de recursos globais, reafirmando seu papel como potência econômica e industrial.
Resta saber como o Brasil irá lidar com essa nova realidade, enquanto o mundo observa atentamente os desdobramentos dessa transação que promete mudar o jogo para a indústria mineral.