COLUNA DO EVANDRO | Jorge Viana continua um artista como sempre, arrogante como nunca

O ex-senador Jorge Viana (PT) não mudou nada. Se houve alguma mudança foi para pior, do ponto de vista das caras e bocas com as quais sempre se apresentou em pronunciamentos ao povo acreano. Em entrevista ao Ac24horas esses dias ele nem precisou de um corifeu para seguir a esquete do teatro que monta rapidinho, quando tem oportunidade de falar. Arrotou moralidade e se apresentou como a solução para um Estado que, segundo ele, nem existe mais, como se aqui não tivesse uma gestão em nenhuma hipótese e estivéssemos a mercê da sorte, desprezando a capacidade de um dos governadores mais populares da história, o Gladson Cameli, que encarou uma pandemia saindo dela como um dos melhores do país a enfrenta-la. O segundo erro dele, depois da arrogância desmedida, é fazer um backup no passado. Parece assim que ele é uma criatura que surgiu depois da balbúrdia na qual ele e todo o PT nacional fizeram com o país e com o nosso Estado. Pouca gente esqueceu. O terceiro é se manter numa indecisão sobre que cargo disputar em outubro desse ano, como se os acreanos estivessem desesperados por uma volta dele ao páreo, como um Chapolim. Na verdade, ele mesmo tem informações por meio de pesquisas segundo as quais precisará disputar até para federal, se quiser ter mais certeza de uma vitória nas urnas. Em quarto, já dá como certa a eleição de Lula, tendo ele, claro, como um dos articuladores nacionais da volta do meliante, descondenado em uma operação do STF por demais suspeita. Para quem virou meme de rede social ao ‘sumir’ atrás de um refrigerante em Dubai e levou uma coça nas urnas em 2018 e 2020, Jorge Viana se reapresenta ao trabalho, surpreendentemente, da forma como começou: arrogante e artista, com suas caras e bocas alternadas por chavões velhos, como o sonho disso e daquilo. Sim, tem mais. A fala do ex-senador é dentro de um cenário onde os adversários são imbecis empedernidos com o poder, cegos e rejeitados pela sociedade.

Menos, JV!