COLUNA DO EVANDRO | Governador Cameli não escondeu de ninguém que era contra afastamento de Bocalom

Conversei longamente esta manhã de quarta-feira, 1, com o prefeito Tião Bocalom, menos de 24h depois de ele ter passado o constrangimento de assistir seu próprio julgamento na Câmara Municipal por um pedido de impeachment agora visto por quase todo mundo como sem pé, nem cabeça, mesmo assim criando um clima de altíssima instabilidade nos últimos 7 dias. Ele não quer mais falar nisso. Não. Não quer de jeito nenhum. Informa está se arrumando para transformar Rio Branco com muita coisa boa que vem por aí, que vai de casas populares a um projeto inédito na zona rural. Mas deixou claras algumas coisas, entre elas as reações de aliados e até de não aliados, como o governador Gladson Cameli, por exemplo. Ele confirma o apoio do chefe do Estado no momento mais crítico de seus oito meses de gestão.

Estadista

A atitude do Gladson Cameli, ao se manifestar contra o afastamento do prefeito Bocalom, era esperada. Desde que virou governador, Cameli fechou os olhos para bandeiras de partidos. Tem sido, segundo prefeitos, em tese, adversários, um grande estadista. O Bira, de Xapuri, a Fernanda Hassen, de Brasileia, ambos do PT, por exemplo, já fizeram esse elogio de público.

Chuva?

Passado o julgamento de Bocalom na Câmara, a ativista Joana D’Arc, autora do pedido, insinuou em sua página no Facebook que teria “chovido no roçado” de vereadores. Ela saiu pequena do episódio, aqui entre nós.

Só notícia ruim

Frank Lima me disse que está esperando um repórter lhe ligar para perguntar como ele fez para melhorar a secretaria de Saúde da prefeitura de Rio Branco e transformá-la numa máquina azeitada, capaz de colocar a capital do Acre entre as reconhecidas nacionalmente entre as melhores no enfrentamento a pandemia provocada pelo coronavírus. “Só ligam para falar de coisa ruim”, reclamou.

Papel da Câmara

Nesse episódio do julgamento do impeachment do Bocalom, a Câmara cumpriu seu papel como a sociedade espera, segundo o presidente da casa, N Lima (Progressistas). Agiu democraticamente.

Compasso

Agora é esperar as manifestações do dia 7, que certamente serão um marco nesse governo Bolsonaro. No Acre tem toda uma preparação acontecendo nos bastidores. Organizadores garantem que o chão ao redor da Arena da Floresta vai tremer.

Decepção

Os “ambientalistas” de esquerda estão um tanto decepcionados nesse verão. Nem terminou agosto e até chover choveu. Pra qui, pracolá, mas choveu. O fumacê e as queimadas desse ano, pelo menos aparentemente, não deram discursos para esse povo do contra. Sem narrativa, camarada!

Meio triste

Vagner Sales, um tarado nato por política, anda triste, como que desiludido. Que houve, leão do Juruá?

Agora ou nunca

Dependendo do tamanho do evento de 7 de setembro o Judiciário brasileiro terá que prender Bolsonaro ou então deixar o cara trabalhar em paz. Esse é um pensamento, também, do B38 do Acre.

Chapa do PTB

Trabalhando em silêncio, Charlene Lima monta, pari passu, as chapas de estadual e federal do PTB. Ela não está blefando. Tem credibilidade por ser de cumprir seus acordos.

Sem partido

As eleições de 2022 será a primeira a ser disputada pela bispa Antônia Lúcia sem a preocupação dela de montar partido. A nossa filha da terra não quer mais nem saber de ser “dona” de sigla, o que sempre lhe atrapalhou. Falta só ela achar um partido com chapa boa, capaz de garantir a eleição dela.

Os Câmara no Acre

A rigor, nos últimos dias o staff da Assembleia de Deus Belém desembarcou no Acre. No comando da equipe o Pr. Samuel Câmara, cunhado da ex-deputada Antônia Lúcia. E sentaram, e comeram, e pregaram na igreja do pastor Luiz Gonzaga, a Assembleia de Deus Rio Branco.

Para segurar prefeito

Conselho de dirigentes do PT a prefeitos do partido que prometeram apoio à reeleição do governador Gladson Cameli: “Rapaz, Lula vai ser presidente e Jorge governador”.

É para ganhar

Tem uma candidatura ao Senado que pouca gente vai resistir no Acre. Foi o que ouvi em um restaurante nesta terça-feira, 31. Se vai ganhar, só Deus sabe.

Isolamento tem preço

Ao decidir pelo isolamento, a prefeita de Tarauacá, Néia Sérgio, e o marido, deputado federal Jesus Sérgio, ambos do PDT, não têm uma voz que se levante em favor deles, mesmo na véspera dela ser julgada pela Justiça Eleitoral. Eles não têm grupo político, como tem os Sales, os Petecão, os Bittar…

Monstro na política

É assim que o senador Márcio Bittar (MDB) é tratado nos bastidores da política no Acre e em Brasília.

Isolados

Os vereadores Michelle Melo (PDT) e Emerson Jarude (MDB) ficaram isoladões depois de votarem sozinhos em favor do impeachment de Tião Bocalom. Se conheço ambos, minimamente, estão pouco se lixando.