COLUNA DO EVANDRO | “O PT perde a oportunidade de ficar calado”, diz prefeita de Brasileia ao ser ‘ameaçada’ para depois da eleição

A prefeita de Brasileia, Fernanda Hassem, seguidamente eleita a melhor do Acre por meio de pesquisas, pode estar terminando seu relacionamento com o PT, onde está filiada há 24 anos. A gota d’água foi a suposta fala de um dirigente da sigla ao meu colega Luís Carlos Moreira Jorge, segundo a qual a prefeita não perde por esperar, depois da vitória de Lula para presidente. Decepcionada com a manifestação do provável dirigente, Fernanda disse a coluna que o “PT perdeu a oportunidade de ficar calado”. Sem a fala infeliz, o desfecho poderia ser outro, segundo ela, que não confirma, mas também não nega a possibilidade de um fim na relação dela com o PT.

PT só ataca a mulher

Fernanda Hassem vem ouvindo e sabendo de manifestações de “correligionários” há um bom tempo, sobretudo após deixar clara sua boa relação com o governador Gladson Cameli e com a família Milani. Isso, todavia, jamais foi motivo para ela sequer pensar em deixa a sigla, mas a fala recente, replicada pela coluna do Crica foi a gota d’água. “Porque não atacam os prefeitos homens? Só vem pra cima de mim”, reclamou a melhor gestora de Brasileia de todos os tempos.

Protagonista

Ao assumir o comando do PP, o governador Gladson Cameli muda o rumo da prosa. Nesta segunda-feira, 21, cedo, já haviam pessoas se reagrupando. Vai formar as chapas mais competitivas das eleições desse ano, por razões óbvias. Quem não quer estar na chapa do governador que, mesmo diante de uma frente de inimigos que se uniram para derrota-lo, não cai nas pesquisas.

Mais calma

A vereadora Michelle Melo (PDT) tem conteúdo e pode ter chegado para ficar na política, mas precisa ser freada. Está querendo atirar pra todo lado, podendo arruinar sua carreira.

Por enquanto é PROS

Os Milani confirmam convites para vários partidos, mas por enquanto o PROS é casa do grupo. Também reafirmam lealdade ao governador Gladson Cameli.

PT enfia a cunha

Henry Nogueira, um garotão estudioso (está concluindo doutorado), ex-secretário de Estado no Governo Tião Viana, faz um comentário político bem pertinente à coluna: “A direita nem chegou ao poder e já se espatifou. Resultado: se não voltar esse ano, a esquerda, quando nada, deixa uma cunha no processo, para chegar chegando na próxima eleição”.

Tem a benção

Keiliane Cordeiro, mulher do ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, tem a benção da igreja na qual é pastora e onde lidera uma rede de mulheres, a Igreja Batista do Bosque. A questão é que o pastor Agostinho Gonçalves, comandante da denominação, não repetirá mais o que fez no passado, quando a IBB era um “curral” eleitoral. A relação será mais discreta com os candidatos da casa.

Falta confirmar

Liguei várias vezes esta manhã para o prefeito Tião Bocalom e ele não atendeu. Deve estar super ocupado. Eu só queria confirmar com ele a saída do PP. Convite para outros partidos choveram esses dias. Na fila: PSD e até PL.

Não é otimismo

Todo mundo deve mesmo ser otimista, senão a vida ficaria muito difícil, mas a esquerda acreana não está sendo otimista, está sendo arrogante, em relação a eleição para presidente. Se já estão ameaçando até prefeitos, com o famoso ‘você vai ver quando o Lula assumir’, imaginem outras pessoas.

Barulho grande

Não sei até onde vai, mas a pré-candidatura da missionária Jesuíta Arruda, com a benção da Assembleia de Deus, está causando. É a primeira vez que a denominação mobiliza tanta gente em torno de um projeto desde a morte do vereador Jessé Santiago.

Frente ampla

Essa frente ampla proposta por Jorge Viana equivale ao desespero do Carlos Lacerda, Juscelino Kubitschek e Jango, depois que os generais assumiram o poder. Naquela época a tal FA nem nasceu.

Juntar tudo

Jorge Viana diz que o momento é de deixar a ideologia de lado e se unir para tirar Gladson Cameli e Bolsonaro do poder. Quem diria.

Vieram de lá

Da turma que se rebelou contra o Governo Gladson Cameli, apenas os Rocha nunca tiveram alinhados com a esquerda. O resto todo cabe, ideologicamente, no palanque do PT.

Fica com Gladson

De um prefeito que vai mudar de partido para poder estar no palanque de Gladson Cameli: “Primeiro estou pensando no meu município, para o qual o Gladson tem sido um pai; segundo, não vou dar murro em ponta de faca. O homem não cai”.