POLÍTICA
“O relator do orçamento não é relator apenas do Estado pelo qual foi eleito”, responde Márcio à revista Crusoé
Foto: Sérgio Lima/Poder360
O senador Márcio Bittar (MDB-Acre) recebeu como mais uma ação do que ele chamou de militância ideológica da imprensa de esquerda, a reportagem da revista “Crusoé”, que circula em Brasília, ligando-o ao que aponta como desvio de R$ 20 milhões do Orçamento Geral da União (OGU) deste ano de 2021, para a cidade de Gameleira, no interior de Goiás.
Para a revista, os recursos fariam parte do que vem sendo chamado de orçamento paralelo ou secreto com o qual o governo do presidente Jair Bolsonaro estaria comprando apoio de parlamentares, deputados e senadores, no Congresso Nacional.
“Como pode haver um orçamento paralelo ou secreto, se tudo, necessária e obrigatoriamente, tem que ser feito de forma clara, com licitação aberta às empresas, com divulgação de planilhas, com tudo?”, disse Márcio Bittar. “Essas informações fazem parte daquela militância da imprensa que quer apressar a campanha eleitoral do ano que vem para agora em 2021”, acrescentou.
Bittar disse também que está muito preocupado com a campanha do ano que vem por acusa desta imprensa militante. “Por esses movimentos, penso que não será uma campanha. Será uma carnificina a eleição do ano que em”, afirmou.
Quanto à denúncia da revista, Márcio Bittar disse que os recursos disponibilizados foram em atendimento a pedidos políticos de lideranças do estado de Goiás. “O relator do Orçamento Geral da União não é parlamentar apenas do estado pelo qual foi eleito. O orçamento é do país e o relator precisa olhar para o Brasil todo e atender os mais diversos pedidos das lideranças políticas do país para atender a seus estados e municípios. Foi isso o que aconteceu”, afirmou.
Quanto à denúncia de que, apesar da indicação dos recursos, não ter havido, ainda, qualquer atividade de recapeamento e recuperação de ruas na cidade do interior de Goiás, Márcio Bittar diz que o início dos gastos dos recursos públicos obedece um ritual de burocracia com a realização de licitações e outros processos que demandam tempo. “Os recursos estão aparentemente liberados mas carece da burocracia”, afirmou.
O senador pelo Acre afirmou ainda que, quando começar a execução de pelo menos R$ 18 bilhões a que ele tem direito a indicar os gastos na condição do relator do orçamento, as chamadas emendas de RP9, outras denúncias parecidas hão de surgir. “É claro que não vou poder indicar todos esses recursos para o Acre. É claro que vou tentar puxar uma porção considerável para o nosso Estado, mas vou ter que indicar gastos desses recursos em outras unidades da federação e aí os maus intencionados, essa imprensa militante que quer influir nas eleições do ano que vem, vai voltar a se manifestar”, disse o senador. “Ainda que com mentiras, inclusive no Acre’, acrescentou.
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