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Pintura e artesanato indígena mostram potência do etnoturismo do Acre em feira internacional no Rio de Janeiro
Traços únicos e riqueza de detalhes chamam a atenção de visitantes para o artesanato, a pintura indígena e o etnoturismo do Acre, no estande do estado, na Abav Expo 2023. A feira reúne gestores e empreendedores do turismo internacional desde a última quarta-feira, 27, até esta sexta, 29, no Rio de Janeiro (RJ).
Com o apoio do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete) e do Programa REM (REDD+ Early Movers), os representantes dos povos Yawanawa e Puyanawa mostram os aspectos representativos da arte indígena na feira que é organizada pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav).
“A pintura corporal, para a gente, é muito importante. Ela expressa proteção e felicidade. A pintura indígena é como a maquiagem para o homem branco. Quando você, o seu espírito está feliz, você expressa a arte no seu corpo. Cada pintura tem significado”, detalhou Luísa Maricá, que apresenta o povo Yawanawa como destino de turismo no Acre.
Visitante na feira, Inêz Belarmino, de 62 anos, é estudante do curso de Guia de Turismo, no Rio de Janeiro. No estande do Acre, aproveitou para fazer uma pintura com Luísa Maricá Yawanawa, como parte da experiência na maior feira de turismo da América Latina.
“Vim à feira e estou admirada porque as pessoas vão para fora do Brasil e o Brasil é tão rico de tudo, de atrações turísticas, praias, rios e cachoeiras, comidas, cachaças, a pintura com o jenipapo. O povo tem que visitar o Brasil, nada de ir para fora”, disse aos risos e em tom de bronca aos brasileiros.
Artesanato Indígena
Representando o povo Puyanawa, o cacique Joel Ferreira Lima e a filha Jaqueline Dayu levaram o artesanato indígena, rapé e outras vivências culturais da comunidade Puyanawa para os visitantes da Abav Expo. Para eles, a troca de experiências e as conversas com o público animam a oportunidade de novas parcerias.
“Foi bom conhecer gente nova. O evento está bem prestigiado. Cada um tem o seu momento, e vejo que o Acre dá um passo importante na feira. Já pude falar da nossa vivência, do festival, do rapé e da arte, que é o principal. De tudo já falamos para as pessoas. Até o terceiro dia, temos muito o que falar”, ressaltou.
Apresentando a arte indígena, Jaqueline revelou que a feira está sendo proveitosa com a exposição de pulseiras, colares, brincos, e a apresentação da cultura Puyanawa, com o rapé e a ayahuasca, além de fotos da aldeia.
“As pessoas que estão passando param para apreciar e estão gostando. Temos artesanatos com vários significados, da borboleta, da jibóia e outros”, detalhou.
A expositora Tatiana Paixão revelou desenvolver o turismo na Bahia em parceria com uma aldeia do povo Pataxó. No estande do Acre, ficou alegre de conhecer o artesanato dos povos originários do estado: “Achei bonito. É perfeito o material. É uma arte muito linda”, concluiu.