Professor universitário e pastor no Acre diz que não entra nessas conjecturas de que o Papa Leao XIV seria o Anticristo

A eleição do novo Papa, o Cardeal Robert Prevost, que aderiu ao nome de Leão XIV, ocorrida essa semana, foi o prato mais cheio para os militantes de internet dos últimos anos. Milhares de teses, teorias conspiratórias, entre outras conjecturas, abarrotaram a web. O Papa é, para estes, desde o sucessor de Pedro, versão controversa, até a besta apocalíptica.
O AcreNews Gospel foi a procura de opiniões de quem tem bagagem. Um desses é o padre Massimo Lombardi, uma figura emblemática da Igreja Católica no Acre. Ele prometeu para mais na frente fazer uma avaliação melhor sobre o novo pontífice, mas adiantou estar muito feliz com a escolha. Massimo utiliza o passado do novo Papa para garantir ter sido certa a escolha. Relata, sobretudo, os feitos sociais dele no Peru, onde Prevost serviu durante maior parte de seu sacerdócio. “Comecei a gostar dele a partir das biografia”, diz o padre.

O pastor pentecostal Valério Silva, um acreano que lecionou em faculdades por aqui e que tem na bagagem várias missões pela África, disse que não entra na onda das redes sociais, principalmente para seguir teorias conspiratórias. “Temos que ter prudência nesses momentos”, diz ele. Para Valério, os falatórios em sua maioria não tem respaldo na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.
“Não sei se você lembra, mas quando o Papa João Paulo II assumiu também surgiram muitas ideias. Muitos pensavam que ele seria, no caso, o anticristo, que no Papado dele aconteceria coisa semelhante. Veja que ele foi vitima de um atentado, foi alvejado com um tiro. Diziam que ele era a besta. É isso eram evangélicos que diziam, não do nosso meio, do nosso entendimento teológico. Sobretudo depois dele sofrer o atentado, disseram que a besta foi ferida e curada. Mas acredito que tudo são conjecturas sobre as quais não devemos nos apegar. Devemos nos apegar em Cristo Jesus, nas escrituras, não nessas coisas que não tem fatos. Na minha opinião não é”, conclui o professor Valério.