Artigo do professor Raimundo Ferreira: “O meio dita o ritimo”

Trata-se de um exercício de grande importância, observar entre as pessoas o quanto somos obrigados a conviver e a suportar, a desonestidade, as relações por interesse, a falta de caráter e a ausência da personalidade própria, deformidades estas, que na atualidade não deveriam serem comuns, no entanto, estão presentes permeando inclusive a administração central do nosso país e de certo modo, servindo de parâmetro, especialmente para juventude, de forma a forjar uma cultura de que ser desonesto, ser infrator e até agir fora das normas oficiais vigentes, pode ser algo tolerável e normal. O grande sábio é filósofo Chinês, Confúcio, afirmava que o homem deveria manter um comportamento e atitude próprios, englobando nestas duas palavras todos os outros valores, como algo intrínseco da sua vida e essa personalidade correta e fiel a seus princípios deveria fazer parte da sua existência como se fosse uma bússola, e ainda alertava que, se o indivíduo não conseguisse adquirir e manter essa personalidade, o meio se encarregaria de impor uma personalidade e consequentemente determinar um caráter para ele, ou seja,
se você não criar e manter um caráter, uma personalidade e uma conduta própria, poderia esperar que as influências do meio iriam lhe impor estas características, através da cultura popular, do modismo entre outras influências e quando você menos esperasse poderia está se identificando e vivendo as características e personalidade do galã da novela das oito. No caso anteriormente citado, não é apenas a influência em si, mas sim, o meio como um todo está corrompido e com exceção de alguns que ainda representam e defendem os intetesses do povo e desse país, a grande parte dos atores, bem como o diretor do espetáculo, estão imersos nesse contexto da defesa de seus interesses.