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POLÍCIA

Governador e primeira-dama não são investigados na Operação Status Debitum, diz diretor de Polícia Civil

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“Essas operações só são possíveis graças à liberdade, independência e estrutura que o governador nos oferece para realizarmos as investigações”, disse, na manhã desta sexta-feira (21), o diretor geral de Polícia Civil do Acre, delegado Josemar Moreira Portes, durante entrevista coletiva sobre a realização a primeira fase da “Operação Status Debitum”, que investiga desvios de conduta no pagamento de precatórios no Estado e em Mato Grosso do Sul. Acompanhado de outros quatro delegados envolvidos nas investigações, Portes disse que Gladson Cameli e sua esposa, a primeira dama Ana Paula ou qualquer outro membro de sua família não são investigados no caso e que o governador é o principal interessado nos esclarecimentos do caso.

A operação “Status Debitum”, desencadeada pela Polícia Civil, surgiu a partir de declarações, à Polícia Federal, por um ex-procurador geral de Justiça do Estado, dando conta da existência do que chamou de “Mafia dos Precatórios”, que são dívidas reconhecidas pelo Governo à particulares e que estariam sendo pagas a partir de tráfico de influência envolvendo autoridades do Estado mediante pagamento de propina. No caso, são citados um ex-procurador do Estado e um ex-presidente da seção Acre da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Além deles, o ex-procurador que foi o autor da denúncia também foi alvo das operações da Polícia nesta manhã, cujas casas a foram visitadas pelos policiais em busca de provas que vão subsidiar o inquérito sobre o caso, que continua sob sigilo e segredo de Justiça. As operações de hoje foram coordenadas pelo delegado Pedro Rezende.

“O objetivo é colher elementos probatórios de crimes contra a administração pública praticados por organização criminosa que atua no pagamento ilegal de precatórios, dívidas do poder público reconhecidas judicialmente”, disse Rezende.

Nesta manhã foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, cinco deles em Mato Grosso do Sul. Os mandados foram contra escritórios de advocacia citados nas denúncias, incluídos de profissionais de Direito daquele Estado. “Na verdade, são pessoas com vínculos com as pessoas investigadas no Acre”, disse o delegado Josemar Portes. Não há réus presos no caso.

A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito, que podem ser prorrogados. “Não temos ainda como afirmar se há culpados ou não no caso. O que estamos fazendo é coletando informações para, ao final do inquérito, podermos dizer à sociedade acreana se as denúncias são verdadeiras ou não. Se verdadeiras, os culpados serão apontados”, disse o delegado Portes.

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