Jovem pugilista da periferia representará o Acre em evento internacional de boxe, mas precisa de ajuda

O talento do pugilista foi descoberto em projeto social. Agora, ele busca patrocínio

Por Wanglézio Braga / Fotos: Wanglézio Braga

O pugilista Leandro Cavalcante Macário (24), morador do bairro São Francisco, periferia de Rio Branco, confirmou presença em um evento internacional de boxe que vai ocorrer no dia 19 de junho em Cobija, capital do Departamento de Pando (Bolívia). O rapaz que participa pela terceira vez de uma competição desse porte, promete ‘nocautear’ os adversários e atravessar a fronteira em Brasileia/Epitaciolândia com o prêmio em mãos.

Cavalcante representará o Acre e o Brasil no evento. Segundo a organização, até o momento ele é o único brasileiro que topou o desafio considerado “a luta do ano”. Pelo menos 10 bolivianos já formalizaram as inscrições, lutadores de outras nacionalidades manifestaram intenções de subir ao ringue. Para trazer o cinturão de campeão, o jovem vem trabalhando pesado e com muito afinco.

“A preparação está sendo bastante focada para o dia da luta, com muita dose de adrenalina. Todo dia é alimentação pesada, puxando muito ferro, corrida, treino em casa, na academia (…). Nós estamos trabalhando para ganhar. Enaltecer o nome do estado lá fora”, disse à nossa reportagem.

A competição deste mês será a terceira que Leandro participa em toda a sua carreira que teve início há pelo menos seis anos atrás. “Eu ganhei uma luta, perdi outra luta e quero vencer essa lá em Cobija!”, ressaltou.

Leandro foi descoberto em um projeto social idealizado pelo próprio treinador, o professor Cleicimar. Antes de ser pugilista, ele aprendeu outras artes marciais mistas, o que cria expectativa positiva sobre o desempenho do atleta no tablado.

Entre uma conversa e outra, ele não esconde a ansiedade, mas revela algumas estratégias que vai adotar antes de entrar no Coliseu Alfredo Huari, palco do evento. “Primeiramente tentar tirar essa ansiedade. Quero também assistir alguns vídeos de lutares bolivianos, principalmente os mais conhecidos, para estudar seus movimentos. E a principal estratégia, na hora da luta, é ficar se movimentando bastante, evitar levar socos e cansar o adversário”, revela.

Apesar do esforço e do sonho em ganhar a luta, Leandro precisa também de apoio financeiro. Desempregado há um tempo, o jovem diz que sem uma renda fixa tudo fica mais difícil na carreira de atleta.

Às instituições públicas, empresas ou pessoas que querem ajudá-lo podem entrar em contato pelo telefone: (68) 98427-2378.