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Arlenilson Cunha, um evangelista da Assembleia de Deus que comanda o sistema penitenciário do Acre, fala ao AcreNews: ‘Acredito na mudança do homem’

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O evangelista da igreja Assembleia de Deus Arlenilson Cunha tem sob seu comando cerca de 1,3 mil policiais penais, além de ser responsável pelo cumprimento das penas de pelo menos seis mil detentos, espalhados em 10 unidades prisionais do Acre. No setor de segurança do Estado é um dos homens mais atarefados. Usa perto de 15 horas por dia para poder dar conta de sua responsabilidade como diretor presidente do Iapen e ainda cuidar da mocidade de sua igreja, na Vila Acre.

Ele acha tudo isso legal, benção de Deus em sua vida, tanto que ainda acha tempo para trabalhar na conclusão do curso de Direito. Numa conversa com o Acrenews/Gospel, Arlenilson contou muita coisa sobre sua vida e revelou como enxerga o sistema prisional, o que descobriu sobre o governador Gladson Cameli (Progressistas) em relação ao que ele pensa sobre pessoas que cumprem pena e fecha com chave de ouro falando acerca de seu ministério na igreja. Veja nossa entrevista:

AcreNews – Quem é Arlenilson Cunha?

Arlenilson Cunha – Arlenilson Barbosa Cunha, 36 anos de idade. Graduado em Pedagogia, concludente do Curso Direito. Sou filho de dona Marilza Santana e Artemildo Valente da Cunha (in memória) e pai de dois filhos (Kãua e Kaio). Sou casado com a Assistente Social Adriana Sales.

AcreNews – Como e onde foi sua infância?

Arlenilson Cunha – Minha infância foi no bairro Cidade Nova, onde residi até aos 20 anos de idade, tomando banho no rio Acre, jogando bola no areal e no campo do Atlético Acreano (Galo).

AcreNews – Como se deu sua conversão ao evangelho de Cristo?

Arlenilson Cunha – minha conversão aconteceu há 11 anos. Foi uma das melhores coisas que aconteceu em toda minha vida, conhecer Jesus Cristo.

AcreNews – Como foi seu caminho até chegar a policial penal?

Arlenilson Cunha – Tranquilo. Sou Policial Penal de carreira através de concurso público realizado em 2007.

AcreNews – Como comandante o senhor tem liberdade para criar novidades nos presídios as quais o senhor acredita serem capazes de melhor ressocializar a comunidade carcerária?

Arlenilson Cunha – Sim! O governador Gladson Cameli deu essa liberdade. Na verdade, é uma diretriz dele criar atividades que visam a ressocialização e a ocupação aos apenados. Hoje muitas atividades educacionais e de trabalho são realizadas, tais como: confecção de móveis, funilaria, oficina mecânica, roçagem em diversos órgãos públicos, avenidas e parques, reformas de prédios públicos e outros. A novidade recente é a confecção de “espreguiçadeiras” com madeiras apreendidas pelo IMAC e IBAMA, parceria entre IAPEN e FUNDHACRE, cujo objetivo é atender os acompanhantes dos pacientes da Fundação Hospitalar.

AcreNews – como foi sua carreira na Polícia Penal até chegar ao comando?

Arlenilson Cunha – Percorri todos os cargos dentro da instituição Polícia Penal. Fui chefe de equipe, coordenador de segurança do Presídio de Segurança Máxima, diretor da Unidade Prisional do Quinari, até se tornar presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre em 2020, a convite do governador Gladson.

AcreNews – Como o senhor define nossa população carcerária? São psicopatas, doentes, vítimas da sociedade ou são pessoas que precisam de Deus?

Arlenilson Cunha – Na verdade todos nós precisamos de Deus, agora hoje temos uma população carcerária proporcionalmente a maior do país, e o Brasil ocupa a terceira posição no ranking com maior quantidade de presos. O crime existe desde a fundação do mundo. O crime é um fator social, como disse o sociólogo e filósofo francês Émile Durkheim. O crime sempre esteve presente no âmbito da convivência coletiva. Agora acredito que o crescimento e a evolução dos crimes e, por consequência, o aumento da população carcerária, é fruto de desigualdades sociais. O não acesso a direitos, bens e serviços entre integrantes de uma sociedade, no âmbito econômico, escolar, profissional e outros. Não acredito que seja vítima da sociedade, mas a falta de oportunidade muito contribuí para o aumento da criminalidade. Consequentemente uma população carcerária grandiosa que muito reincide. Por fim, entendo que muitos homens e mulheres que estão ali reclusos podem dar a volta por cima e sair pessoas melhores. Acredito na mudança do homem desde que queira. Fé em Deus por meio de Jesus Cristo é o caminho.

AcreNews – Quando conversa com o governador Gladson Cameli o que ele pede de tão especial em relação a comunidade carcerária?

Arlenilson Cunha – O Gladson é um governante que se preocupa com as pessoas. Ele sempre demonstra isso em nossas conversas. Sua diretriz é que os apenados realizem atividades educacionais, trabalhem, tenham ocupação no interior das unidades prisionais e voltem ao ceio da família pessoas melhores, assim diminuindo a reincidência no sistema penitenciário.

AcreNews – Como é sua vida na Igreja? O senhor tem cargo eclesiástico?

Arlenilson Cunha – Sou Ministro do Evangelho (Evangelista consagrado). Sou ligado a Convenção Estadual de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Acre, também a Convenção Nacional das Assembleias no Brasil, a CGADB. Congrego na Assembleia de Deus em Vila Acre há 11 anos e atualmente presido a juventude da igreja há três anos, tudo pela infinita bondade de Deus.

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