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Moradora de Cidade Ocidental é premiada em simpósio de Nutrição

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Estudo apresentado pela nutricionista Rayssa Arielle Fernandes Ferreira e sua colega, Ingryd Batista Tavares, aponta prevalência de 68% de sobrepeso entre policiais militares do Distrito Federal pesquisados
Rayssa Arielle Fernandes Ferreira, nutricionista e moradora de Cidade Ocidental/GO, localizada a 33 km de Brasília, foi destaque no XIV Simpósio de Nutrição do Distrito Federal ocorrido nos dias 27 e 28 de agosto último. Recebeu nota máxima (10) com o trabalho “Análise da composição corporal de policiais militares de um batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal”. A obra acadêmica, escrita em parceria com a também nutricionista Ingryd Batista Tavares, teve como orientadora a professora Pollyannna Ayub.
O simpósio ocorreu em comemoração ao Dia do Nutricionista, celebrado no dia 31 de agosto, no qual foram debatidos os “Tópicos emergentes da Nutrição”. Sob patrocínio da Associação de Nutrição do Distrito Federal (ANDF), a conferência teve a participação de renomados especialistas em nutrição do DF e de várias regiões do País. Ao todo foram apresentados 10 trabalhos científicos, sendo dois do Centro Universitário Unieuro e oito da Universidade de Brasília (UnB).
Rayssa Ferreira e Ingryd Tavares apresentaram, inicialmente, o estudo como parte das exigências para obtenção do título de Bacharel em Nutrição. A obra acadêmica traz um estudo transversal – com fonte de dados, os prontuários de funcionários de um batalhão da PMDF. Contém a identificação do paciente, história social e ambiental, hábitos sociais e de saúde, registro de exames laboratoriais, hábitos alimentares, sinais clínicos, análise qualitativa do consumo alimentar, dados antropométricos, relatório de ingestão alimentar habitual, dentre outros. Todos os prontuários contêm o termo de consentimento livre e esclarecido, assinados pelos militares.
A amostra do estudo abrangeu 25 policiais militares: três do sexo feminino (12 %) e vinte e dois (88 %) do sexo masculino. A idade dos participantes foi entre 28 e 50 anos, com média de 38,38 anos, sendo todos classificados como adultos. Os dados coletados classificam o Índice de Massa Corporal (IMC) dos policiais pesquisados como indicador nutricional “eutróficos”, isto é, sobrepeso e obesidade grau I. Nenhum participante teve diagnóstico de baixo peso.
Rayssa Ferreira explica que, ao classificar o estado nutricional apenas segundo o IMC, constatou-se entre os policiais objeto do estudo a prevalência de 68% com sobrepeso, mesmo diante das limitações para avaliar com precisão indivíduos com obesidade. A amostra coletada vão de encontro com um estudo feito por Donadussi e colaboradores (2009), no qual se constatou que os altos índices de obesidade também são um problema comum e permanente entre os militares.
Estudos apontam obesidade em policiais militares de vários Estados
O estudo de Rayssa e Ingryd traz dados de pesquisas realizadas nos últimos 15 anos em diversas regiões do País sobre o tema. Todas, utilizaram o IMC para classificação do perfil nutricional. Em Anápolis-GO dos 2.635 policiais entrevistados, 37% estavam com sobrepeso, 5% com obesidade grau I e 1% com obesidade grau II (Silva et al., 2014). Em Cascavel-PR dos 183 policiais entrevistados, 45,40% constam com sobrepeso e 16,40% com obesidade (Donadussi et al., 2009).
Uma pesquisa realizada por Neta e colaboradores (2016) no estado do Ceará dos 25 entrevistados, 72% com sobrepeso e 24% com obesidade (Damasceno et al., 2016). Em Floriano (PI) foram entrevistados 51 PMs, onde 51% com sobrepeso, 21,60% com obesidade. Na região metropolitana da Bahia, foram entrevistados 299 policiais militares, e constou que 50,17% estavam com sobrepeso e 27,09% com obesidade (Oliveira & Nascimento, 2020). Outro estudo realizado com militares do exército brasileiro, situado em Santa Maria no Rio Grande do Sul, foram entrevistados 224 militares e constatou que 39,70% estavam com sobrepeso (Fraga et al., 2021). Comparando os resultados de outros estados é possível verificar índices de sobrepeso e obesidade moderadamente altos na população estudada.

Estudo realizado por Oliveira (2017), com policiais militares de Piauí, mostrou que a maioria dos participantes do estudo apresenta-se acima dos níveis de eutrofia (IMC) ou com risco coronariano moderado a elevado, segundo os dados do índice da razão cintura-quadril (IRCQ) e razão cintura-estatura (RCEst). Em razão de ser dados obtidos por avaliação de policiais militares e que, na realização das atividades profissionais, é exigido nível adequado de higidez e que a obesidade diagnosticada é uma doença que pode levar a outros agravos da saúde, tais como as doenças cardiovasculares.
Sobre a pesquisa realizada no Distrito Federal, as nutricionistas avaliam que novos estudos devem ser realizados para rastrear mudanças nos comportamentos relacionados à saúde e encontrar melhorias na adequação da instrução nutricional e da atividade física como hábitos para prevenir a obesidade. “Assim, as autoridades responsáveis devem ter atenção especial no cuidado e manutenção da qualidade do bem-estar físico e mental dos policiais militares”, recomendam. “Seria importante que essa população tivesse com certa frequência um acompanhamento nutricional individualizado com intuito de realizar a promoção, prevenção e ajustar sequelas”.

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