Acreano disponível abre o coração para mulheres crentes interessadas em um marido: “não pode ser preguiçosa e nem mentirosa”

Por Evandro Cordeiro

Enquanto 121 casais se divorciaram em cartórios do Acre em 2022, o pedreiro Valdo Soares, de 45 anos, quer casar em 2023, fazendo o caminho inverso rumo ao altar. Cansado da solidão, decidiu abrir o coração para damas solteiras com prioridade para as que moram na capital, com objetivo de dividir o ônus e o bônus do casamento até o final da vida. Valdo não é um dono de lancha, nem mora em um bangalô, razão pela qual expõe o perfil de sua futura amada, dispensando interesseiras. “Tem que ser uma pessoa simples, como eu”, admite, humilde.

Valdo Soares é um pedreiro de vida tranquila, com muitas qualidades e alguns defeitos, entre os quais um daqueles do qual vem tentando se desvencilhar, o “diacho” do cigarro. Usando o Facebook como seu ‘estúpido’ cupido, fala pouco de si mesmo, dando prioridade a lista de qualidades da mulher com quem pretende dividir seu catre, cama velha que promete melhorar em caso de achar a diva dos sonhos. Diz o pedreiro que sua cara metade precisa ser “aposentada, carinhosa, humilde, que não beba álcool, seja evangélica e não goste de mentir”. Perguntado se não é muita exigência, ele comete o sincericídio: “é difícil achar, mas vou tentar. Quem sabe…”.

O candidato a noivo é um tipo bacana, esguio, sem patologias. Não costuma pegar nem gripe. Fora o fumo, cujos cigarros sempre pita sempre distante das pessoas, afim de não incomoda-las, garante ter predicados muito atrativos, alguns dos quais a reportagem preferiu não se interessar, ou não dar publicidade, por elementares razões. Dois deles, para ajudar as candidatas: é cheiroso forte. Além do vigor físico, que o possibilita de trabalhar até 10 horas diárias, tem um bom lugar para descansar. Mora em uma casa bem segura no bairro Santa Inês, segundo distrito de Rio Branco, erguida em alvenaria, na companhia do pai, um senhor de idade que está acamado, vítima da própria velhice. Para aquela que topar essas condições, ele promete, antes e quando chegar ao altar, ser um bom parceiro, o Romeu da Julieta, o Napoleão da Josefina. “Serei um bom esposo”, jura.

Nosso galante candidato a marido é de uma família numerosa e humilde, nascida no cinturão verde ao redor da cidade de Plácido de Castro, onde morou até pouco depois dos 20 anos. Há cerca de 25 morando na capital, em seu currículo há apenas uma experiência em relação conjugal. Foi junto com uma senhora por um período o qual prefere lançar no esquecimento. A sexagenara com quem dividiu a cama não teria sido fiel. “Deixa pra lá”, prefere.

Para Valdo, o importante é está preparado de agora em diante para a vida a dois. E avisa: é com urgência. Quer logo uma ‘costela’. As evangélicas interessadas devem procura-lo pelo Facebook, onde aparece como Valdo Soares. A candidata ainda terá a imperdível oportunidade de atuar como missionária na vida dele, ganhando o rapaz pra Jesus, o objetivo de todo cristão. “Se for uma boa esposa, aceito a Jesus pra viver como crente junto com ela”, faz a promessa para o Santo verdadeiro. “Prometo a Deus”, finaliza