Jornalista de Sena Madureira escreve artigo sobre a “Ponte Padre Paulino e a nova composição arquitetônica” de seu município

• Aldejane Pinto

A tão aguardada Ponte Padre Paulino, outrora apenas um sonho, agora se ergue imponente sobre o Rio Iaco, marcando uma nova era para Sena Madureira. Oficialmente batizada e inaugurada em uma tarde histórica nesta terça-feira, dia 19, representa não apenas a ligação física entre o primeiro e o segundo distrito, mas um elo tangível entre o passado e o presente.

Ao contemplarmos os 232 metros de extensão dessa imponente estrutura, não podemos deixar de reconhecer seu papel determinante na transformação arquitetônica de Sena Madureira. Não se trata apenas de uma ponte, mas de uma obra que transcende as fronteiras do segundo distrito, tornando-se um marco para toda a cidade.

Foram necessários 36 milhões de reais para transformar o projeto em realidade, e, ao cruzarmos a ponte, estamos, simbolicamente, trilhando sobre décadas de impostos pagos pela comunidade ao longo de 119 anos. É a devolução desse investimento em forma de concreto e aço, uma materialização palpável do compromisso político com o progresso.

A funcionalidade da ponte vai além da mera ligação de ruas. Agora, a rua Monsenhor Távora, em frente à Feira Livre dos Colonos, se estende até a estrada Mário Lobão, do outro lado do Rio Iaco, proporcionando não apenas uma nova rota para os moradores, mas também facilitando o acesso a Rio Branco. A logística da cidade é otimizada, no entanto, mais do que isso, Sena Madureira ganha uma obra de arte urbana que embeleza sua paisagem.

Esta não é a primeira ponte sobre o Rio Iaco, mas marca uma evolução após 38 anos desde a construção da primeira, a ponte José Nogueira Sobrinho. A Ponte Padre Paulino, em concreto armado, simboliza não apenas avanço estrutural, mas um salto estético para Sena Madureira. O Rio Iaco, agora, é adornado por uma segunda ponte que se integra harmoniosamente à arquitetura da cidade.

Além de seu impacto funcional e estético, a Ponte Padre Paulino é um símbolo de orgulho e progresso para os habitantes. O segundo distrito deixa de ser um filho rejeitado para se tornar o filho contemplado. O ano de 2023 fica gravado na memória não apenas como um marco político, mas como um capítulo histórico, onde a comunidade, através do pagamento de impostos ao longo do tempo, conquistou um bem valioso.

Que essa conquista seja mais do que um monumento físico, que sirva de inspiração e motivação para o futuro da nossa gente. Pois, como bem diz o ditado, é construindo pontes que se chega ao monte e, neste caso, é construindo ponte que se chega ao futuro promissor que todos almejamos para esta terra acolhedora e promissora.

• Aldejane Pinto é jornalista, policial Penal e filho de Sena Madureira