EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO “Família unida é família forte”, diz Leonardo Melo, filho de Flaviano, sobre o consenso no MDB
Leonardo Melo, o filho primogênito de Flaviano Melo e possível herdeiro do espírito político do pai, foi importante no processo que pôs fim a um atrito repentino ocorrido no MDB logo após a morte do pai dele, há 10 dias. Para explicar melhor, é preciso lembrar que Flaviano era presidente do partido há pelo menos 30 anos. Nas últimas eleições, tentou passar a bola para outras figuras. Ano passado me disse que precisava fazer essa transição, pois tinha ciência da finitude da vida. Mesmo assim, por gratidão, os membros do partido pediam que ele seguisse na direção, por ser, para todos, uma espécie de entidade, um emblema, uma simbiose entre a sigla e ele. Acabou morrendo presidente. Ao fechar os olhos, membros de todas as matizes pleitearam o lugar dele, normal na vida orgânica de uma agremiação política. Isso gerou um atrito natural. Até que ontem a tardinha chegaram a um consenso. O vice Vagner Sales foi consagrado o sucessor, pelo menos até às eleições internas do ano que vem, lá pelo mês de agosto. A presença de Leonardo foi importante no processo. Ele não evoca pra si o mérito, mas é notório o respeito até da velha guarda. Agora há pouco Léo disse a coluna que voltar para seu trabalho, em Toronto, no Canadá, feliz da vida. “Família unida é família forte”, disse. Sobre voltar para o Acre e entrar para a política, foi reticente. “É muito cedo para falar sobre isso. Preciso passar esse momento de luto e saudade intensa”, pinçou. Se decidir vir, provavelmente não será decepcionado pelo povo do Acre, que deve ao pai dele a modernização de nossas cidades. O MDB e seus novos dirigentes também não devem achar ruim, afinal o partido sobreviveu às últimas décadas sendo mais Flaviano que MDB.
Recomeço
Após derrota em alguns municípios e principalmente em Rio Branco, na última eleição, o senador Sérgio Petecão (PSD) não saiu esculhambando ninguém, nem demonstrando revolta. Foi pra casa amarela, sentou na mesa com assessores e resolveu fazer um negócio que pode ajudar ele a mudar o quadro, iniciar tudo de novo. Está aos poucos colocando o time na rua outra vez, mas sem pressa. A retomada mesmo deve iniciar em 2025.
Felicitações
Professor Carlos Coêlho, figura presente no debate político do Acre pelo menos nas últimas duas décadas, com sua consultoria Coelho & Farias, completa nesta quarta-feira, 28, 62 voltas ao redor do sol. Em uma rede social expôs um rosário de agradecimentos, a começar pela sua terra, Tarauacá. Professor, o Acre gosta de você.
Consenso
A desistência do atual presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, Raimundo Neném (PL), é sinal de que um grande consenso está sendo fechado em torno de um nome. Tem dois concorrentes apenas, agora: Joabe Lira (UB) e Samir Bestene (PP).
Competência na Amac
Marcus Lucena, diretor da Amac, é alguém cujo cargo é praticamente consenso entre prefeitos. O motivo é raro: competência. Marcus é administrador e sua gestão é elogiada desde sempre.
Esquece, Tanizio
Com Vagner Sales presidindo o MDB, o deputado Tanizio Sá esqueça a ideia de levar o partido para a base do Governo.
Sem pressão
Eleito prefeito de Feijó sob o apelo da moralização do serviço público e sem conchavos, o Delegado Railson (Republicano) pôde escolher seu secretariado na boa. Railson pode suplantar o grupo do atual prefeito, Kiefer Cavalcante, que mandou por uma década.
Empoderado
Ney Amorim está na crista da onda com a reinauguração do estádio Arena da Floresta. Está sem mandato há seis anos, mas está pronto para voltar em 2026.
Afinando a viola
Henrique Afonso, ex-vice-prefeito de Cruzeiro do Sul e agora chefe de gabinete da vice-governadora Mailza Assis, ainda está se adaptando a nova função, apesar de ser muito experiente. Quando ela assumir o Governo, ele vai tá com a viola bem afinada.
Direção a Brasília
Parlamentar atuante, com muitas propostas boas, o deputado Pedro Longo (PDT) pavimenta seu caminho rumo a Câmara Federal em 2026. É sempre elogiado nas rodas de política.