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Para garantir espaço usado por 30 anos, artesã está acampada há cinco dias próxima de um cemitério no Acre

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Por Wanglézio Braga/ Foto: Wanglézio Braga

É grande a expectativa dos artesãos para o “Dia dos Finados”. A data serve para exibir peças de trabalhos nos portões dos cemitérios e garantir renda extra para a família. Neste ano, a feijoense Maria Davi Oliveira tem motivos adicionais para exaltar o dia 2 de novembro. É justamente nesta data que ela completa 30 anos de profissão. São três décadas produzindo e vendendo arranjos no Cemitério São João Batista, localizado na capital acreana.

“Os meus primeiros trabalhos foram justamente com as confecções de decoração para capelas e jazigos deste cemitério, o São João Batista. Eu aprendi algumas técnicas e passei a fazer arranjos florais, coroas, jarrinhos e outros (…). Aqui estou todos os anos vendendo o meu artesanato. Tenho fregueses fiéis que só compram comigo”, comenta.

Para o “Dia dos Fiéis Defuntos”, a artesã dedicou o mês de outubro para preparar um verdadeiro “viveiro” de plantas artificiais. Ela usou parte do material comprado ainda no ano passado para produzir novas peças. Para isso precisou aperfeiçoar técnicas. “Ano passado tivemos prejuízos por causa da pandemia e com as sobras do que não foi vendido, refizemos alguns arranjos. Tudo feito com muito amor e dedicação. Foram horas perdidas de sono na tentativa de apresentar os melhores arranjos”, exalta.

Com a ajuda do esposo, dona Maria teve a iniciativa de acrescentar na pequena barraca improvisada numa calçada de uma empresa de material de construção, produtos para a venda como velas, fósforo, água mineral e refrigerante. “Nós temos esperanças de que tudo seja melhor neste ano! (…) Por isso usamos essa estratégia de vender quase tudo”, diz.

Com foco nos jarros com flores que estão sendo vendidos entre R$ 25 a R$ 60 reais, a profissional frisa que dependendo do volume da compra pode dar descontos. “O cliente não vai sair com as mãos abanando! O meu preço é justo, mas podemos negociar”, avisa.

ROUBOS, FURTOS NO CEMITÉRIO

A profissional, durante bate papo com o AcreNews, repercutiu algumas queixas dos seus clientes, não em relação ao seu trabalho, mas a falta de segurança dentro do São João Batista.

“Tem gente que reclama dos roubos das peças que são colocadas nas sepulturas. Infelizmente, ficam tristes e às vezes nem compram mais porque some tudo. Gastam até R$100 reais com decorações num dia e no outro tudo sumiu (…). Outros gastam muito caro com as placas [Lápides] de bronze e também somem, são levadas! É preciso que a administração tome uma iniciativa urgente”, comenta.

Nossa redação conversou com Gabriela Alves, gerente do Cemitério, que informou que a administração está ciente dos furtos e roubos que vêm ocorrendo no lugar e garantiu buscar a resolução dos problemas por meio de parcerias. 

“Temos feito a nossa parte administrativa. Nós fazemos ofícios, fazemos fotos, registramos Boletim de Ocorrência e encaminhamos para as autoridades. Infelizmente, o nosso cemitério dispõe apenas de vigias que não estão armados. O cemitério é muito grande e tem vários muros, então fica difícil, né? (…) Com isso, nós esperamos por uma segurança armada (…) Já recebi uma resposta positiva de que a gestão da Prefeitura e da Zeladoria vão nos ajudar a resolver esses problemas”, afirma.

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