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RAFAELA VILAÇA

“Empatia ou empate”, escreve a jornalista Rafaela Vilaça, colunista do AcreNews

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Empatia ou empate – qual destes faz parte de você?

Bom dia, boa tarde, boa note, muito obrigada e com licença fazem parte do vocabulário de muitos desde a tenra infância. Quem se lembra do cartaz com as palavras mágicas fixado numa parede da sala de aula?… quem se lembra da mãe afirmando a cada dia que essas são as palavras mágicas e que são capazes de fazer milagres?

Porém, ao observar esses nossos dias, parece que essas palavras caíram em desuso, ou que estão sendo mecanicamente repetidas como uma espécie de mantra obrigatório sem nenhum efeito. Viraram apenas regras de etiqueta.

A palavra empatia foi publicada pela primeira vez pelo filósofo Theodor Lipps que trouxe o conceito do ser humano conseguir projetar suas emoções sobre um objeto – um quadro, uma escultura – e o espectador ser capaz de perceber essas nuances ao contemplar a obra.

Já nos dias atuais o termo tem um significado mais amplo, ramificando também para a psicologia, que consiste em se colocar no lugar do outro, numa relação subjetiva. Roman Krznaric, filósofo contemporâneo, autor do livro ‘O poder da empatia’ define a palavra como a capacidade de “achar a humanidade compartilhada”.

Então numa reflexão quase que individual, questiono-me como ser social – Que humanidade é essa que nos envolve? Com quem estamos compartilhando?

Envoltos numa comunidade cheia de posts e views, a sociedade parece estar se esvaziando da verdadeira empatia. Projetando-se no lugar do outo apenas nos cafés da manhã com croissant, viagens ao Caribe e descanso em coberturas de luxo. Mas, se esquecendo que a empatia surge dentro de casa, com os vizinhos, colegas de trabalho e também com aquele que sente fome. Se colocar no lugar daquele que sofre não parece ser agradável, e realmente não é. Porém, é isso que faz o ser humano ser humano e evoluir.

Ao contrário do que se espera, observa-se que comumente praticam o sentido de empate, ao invés de empatia, que não tem o sentido de se manter em igualdade, pelo contrário, empatar significa atrapalhar, tropeçar, dificultar a continuidade de alguém. Ou seja, nenhum lado obtém proveito algum.

Então, passemos a ver, ouvir e responder com empatia. Colocando-se sempre no lugar do outro. De acordo com os ensinamentos do cristianismo, maior é o que serve, que todos sejam servos de bondade e empatia.

Que sejamos tomados pelo termo grego “empatheia”, ou seja tomados por paixão.

Que nossas palavras mágicas deixem ser mantras e que realmente sejamos gratos com o que temos, somos, e com aqueles que conosco convivem e compartilham nosso dia a dia.

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